O governo do Japão anunciou nessa semana que fará uma revisão em sua Lei de Câmbio e Comércio Exterior para evitar que a Rússia use criptomoedas para evitar sanções.
Segundo a Reuters, a medida foi anunciada nessa pelo secretário-chefe do Gabinete Hirokazu Matsuno em uma entrevista coletiva dada à imprensa.
A ideia do Japão é encontrar formas para minimizar os prejuízos causados pelas sanções impostas pela Rússia em decorrência da invasão do país na Ucrânia.
A revisão focará em criptomoedas, uma vez que elas já são usadas na guerra, tanto pela Ucrânia quanto pela Rússia.
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Além das possíveis mudanças que poderão ocorrer nas legislações japonesas, o primeiro-ministro Fumio Kishida, que participou na semana passada da cúpula do G7, na Bélgica, pediu que a lei seja modificada com o objetivo de coordenar as ações com os aliados ocidentais. A informação foi reforçada à Reuters por um funcionário do Ministério das Finanças, que não quis dar mais detalhes.
No início de março, o Japão exigiu que 30 excharges de criptomoedas não realizassem transações de ativos.
Sobre o assunto, Saisuke Sakai, economista sênior da Mizuho Research and Technologies declarou à publicação:
“A revisão presumivelmente permite que o governo aplique a lei a exchanges de criptoativos como bancos e os obrigue a examinar se seus clientes são alvos de sanções russas”.
Invasão da Rússia na Ucrânia
O Japão está ao lado do bloco ocidental pelas sanções contra a Rússia, em decorrência da invasão do país na Ucrânia.
Além das sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia, que foram aplicadas em todos os países, o governo japonês impôs sanções e congelamentos a mais de 100 funcionários russos, oligarcas, bancos e instituições.
Além disso, o país criou propostas para combater a “Operação militar especial” de Vladimir Putin, em que proibiu as exportações de alta tecnologia e revogou o status de comércio nacional para a Rússia.
Sakai declarou que:
“O governo de Kishida provavelmente desenvolveu o plano de revisão legal, dadas as regras mais rígidas das autoridades ocidentais sobre o assunto, bem como o alto apoio público japonês para sancionar a Rússia”.
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