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Ironizando religião e colonização, ‘Palavra de Satoshi’ quer criar Bitcoin comunidade livre

3 mins
Atualizado por Chris Goldenbaum

Durante o festival Blockchain Rio, a reportagem do BeInCrypto encontrou Vinícius Kinczel, criador do Palavra de Satoshi. Ele criou o primeiro ‘carnaval Bitcoiner’ do planeta, que aconteceu no Brasil.

Kinczel explica que a ideia é construir uma comunidade Bitcoiner baseada nos princípios e valores da liberdade, conforme as ideias de Satoshi Nakamoto no White Paper da maior criptomoeda do mercado.

Após uma jornada de viagens pelo Brasil para ajudar muitas cidades a começarem a se Bitcoinizar, a Palavra de Satoshi chegou a conclusão que é mais eficaz se construir uma comunidade do zero, do que Bitcoinizar uma que já existe.

Eis então que nasce a Terra de Satoshi. A ideia de uma comunidade livre, independente e descentralizada focada para o público bitcoin e amantes da liberdade em geral.

O plano, segundo a Palavra de Satoshi, é adquirir pedaços de terras grandes em todos os continentes do planeta nas próximas décadas, começando pelo litoral nordestino da América Latina. Qualquer semelhança com a história da colonização das Américas, não deve ser mera coincidência.

“O objeto é um dia conseguir declarar a independência e ser considerado um país livre e descentralizado,” ressalta o idealizador da ideia.

Alguma semelhança do plano de Kinczel com a catequização utilizada pelas religiões organizadas, sobre as terras colonizadas das Américas, não parece ser coincidência. Incluindo o nome ‘Palavra de Satoshi’, que soa como ‘Palavra de Deus’.

Bitcoiners pelo mundo

Atualmente a Palavra de Satoshi já visitou mais de uma dezena de opções de áreas de terras a venda para construir a Terra de Satoshi.

Entre as opções, há possibilidades no Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. Todas com frente ao mar. Algumas negociações já estão em andamento.

Assim que a área escolhida for adquirida, será a única Terra de Satoshi, detalha um dos envolvidos no projeto.

Em paralelo, a equipe já está sendo formada. Entre eles estão setores como jurídico, arquitetura para construção do país, ambiental para conectar com a natureza – um dos pilares da Terra de Satoshi, além de marketing, vendas e outros.

Para conseguir capital suficiente, a Palavra de Satoshi irá tokenizar a aérea integral do País por meio de uma coleção NFT. Serão lastreados terrenos e mintados na rede do Bitcoin, onde será adicionado o smart contract. Isso garantirá propriedade absoluta ao holder que possuir a chave privada do respectivo NFT.

“Nossa intenção é utilizar a tecnologia da blockchain ao invés de ser meramente especulativo, fazendo com que cada comerciante da Terra de Satoshi tenha seu próprio servidor e node, conectado na Lightning Network, que é a rede de segunda camada do BTC.”

Assim sendo, cada comerciante será o seu próprio banco e custodiante de forma descentralizada, conforme as ideias de Nakamoto.

Como construir do Zero

A Terra de Satoshi irá comercializar a coleção de NFTs lastreados em terrenos residenciais. Além de outra coleção NFT, lastreada em terrenos comerciais, e uma coleção de NFTs lastreado na nacionalidade de Satoshi.

“Em breve, a Terra de Satoshi almeja ser um país independente, onde as pessoas possam comprar sua nacionalidade”, finaliza a Palavra de Satoshi.

A mensagem final do projeto parece ser anticolonialista (e idealista): construir a liberdade através da paz.

Visibilidade no mundo

A Palavra de Satoshi está produzindo um documentário em inglês para atingir o maior número de amantes do Bitcoin em todo mundo. O primeiro episódio será lançado no dia 21 de setembro, às 21h. Sempre usando o número sagrado de Satoshi: 21.

No primeiro capítulo, será abordado o porquê de termos que construir o primeiro país privado e descentralizado do mundo. Serão mostradas as opções visitadas e o início dos primeiros trabalhos da equipe.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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