Um relatório da Chainalysis confirmou a liderança do Brasil na atividade cripto na América Latina. O país se destaca pela tendência institucional, que se traduz em transações de grandes volumes.
Além disso, o Brasil continua líder na adoção de criptomoedas na região.
Brasil chama a atenção por investimentos institucionais cripto
Conforme a Chainalysis, o valor mensal das transações de porte institucional no Brasil aumentou 29,2% entre os dois últimos trimestres de 2023. Além disso, o número cresceu 48,44% entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro de 2024.
A empresa de análise blockchain considerou apenas transações acima de US$ 1 milhão para esse cálculo.
“Um dos fatores chave é a diversificação de portfólios, especialmente conforme o mercado amadurece. Investidores estão integrando cada vez mais ativos digitais em suas estratégias, pois os veem como alternativas de investimento valiosas que oferecem o potencial de retornos melhores. A consolidação do Bitcoin e de outras criptomoedas como opções de investimento estabelecidas foi crucial para esta mudança”, disse o head de investimentos digitais do BTG Pactual, André Portilho, à Chainalysis.
Dados históricos da empresa de análise apontam que os investimentos institucionais são responsáveis pela maior parte das transações de criptomoedas no Brasil. O número de transações de varejo, por outro lado, é muito menor.
A Chainalysis também revelou que cerca de 70% das transações entre exchanges brasileiras e globais ocorrem com stablecoins. “O nível alto da atividade de stablecoins no Brasil, assim como um interesse em geral em produtos e serviços digitais, estão atraindo atenção significativa de grandes players cripto – como a Circle”, diz o relatório.
América Latina continua em alta
Além do Brasil, a empresa forneceu insights sobre o mercado cripto da região. A América Latina é a segunda colocada no ranking de adoção de criptomoedas. Ela movimentou cerca de US$ 415 bilhões em criptomoedas, um número que representa uma alta de cerca de 42,5% em relação ao último ano.
Apesar dos bons números, o Brasil perdeu para a Argentina em valor de criptomoedas recebidas. O país vizinho registrou US$ 91,1 bilhões no período entre julho de 2023 e junho de 2024. No mesmo período, o Brasil registrou US$ 90,3 bilhões.
A Argentina também passa por um processo de expansão de seu mercado de stablecoins. A Chainalysis aponta a instabilidade econômica como um dos principais fatores, uma vez que stablecoins oferecem proteção contra a inflação e desvalorização da moeda local.
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