Quase 200 investidores de Bitcoin esperam participar da ação condenatória da Unick. De acordo com uma publicação em um grupo de clientes da empresa, até mesmo uma associação já existe para representar os usuários insatisfeitos com a plataforma que operava com Bitcoin.
A Unick Investimentos ainda não foi indiciada porque aguarda a conclusão das investigações contra a empresa. Além do Ministério Público Federal (MPF), um inquérito da Polícia Federal (PF) também deve trazer informações sobre o esquema que já movimentou até R$ 40 milhões em um único dia em Bitcoin.
Grupo pede para participar de denúncia contra Unick
O grupo chamado ADDI-UNICK busca participar da denúncia contra a plataforma de investimento em Bitcoin. No entanto, esses clientes não podem atuar no que seria o papel do MPF na investigação. Usuários da Unick possuem o direito de processar a plataforma, contudo, não devem conseguir êxito em participar como assistente de acusação no caso. A vaga pleiteada pelo grupo permitiria apresentar provas e indícios de cometimento de crimes por parte da Unick. Mas, como a associação foi recusada pela justiça, o grupo deve acompanhar a investigação apenas como consumidores da plataforma que tinha 1.500 unidades de Bitcoin (BTC).Informação é atualização de empresa que investia em Bitcoin
Em meados de outubro de 2019 a Unick sofreu uma enorme operação policial em várias cidades. Chamada de Lamanai, dezenas de policiais cumpriram mandados de busca e apreensão contra líderes e endereços ligados a Unick.
No total, nove pessoas foram presas inicialmente. Sendo que seis ainda permanecem detidas de forma preventiva até o final das investigações sobre a plataforma que prometia lucros de 30% em Bitcoin.
“Apareceu no processo uma associação denominada ADDI-UNICK, que representa 193 clientes requerendo habilitação como assistente de acusação e o direito de aditar a denúncia”.
Seis líderes continuam presos
Conforme mostra a mensagem que circula em grupos da Unick, a associação de clientes seria capaz até de propor possíveis crimes cometidos pela empresa. São 193 usuários que fazem parte da ADDI-UNICK. A associação reúne pessoas com problemas de saques na Unick Academy. A mesma mensagem traz uma atualização do caso da Unick e dos seis líderes que ainda continuam presos. Ao que tudo indica Leidimar Lopes e Danter Silva estão entre os líderes que ainda continuam atrás das grades. No último dia 19 uma decisão publicada pela justiça impedia Leidimar Lopes de deixar a prisão. Com a justiça brasileira de recesso desde o dia 20 de dezembro de 2019, os líderes da Unick devem passar o Natal e Ano Novo encarcerados. Dentre as acusações que pairam contra a Unick está o de crime contra o sistema financeiro nacional. Neste caso, as atividades da plataforma de investimento em Bitcoin são apontadas como algo ilegal. Além disso, a Unick não tinha autorização do Banco Central para manter suas operações com Bitcoin. O que você acha do grupo de investidores de Bitcoin que quer participar da denúncia contra a Unick? Comente sobre a notícia e compartilhe no Twitter.
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