A indústria da música começou a ver canções geradas por inteligência artificial (IA) como um risco sério. Assim, a Universal Music pediu a plataformas como Apple Music e Spotify que parem de treinar modelos de IA.
A empresa, uma das três mais importantes gravadoras do mundo, entende que estas ferramentas violam os direitos autorais das músicas.
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A solicitação também se baseia no uso sem consentimento do criador da obra. Ou seja, a ausência de compensação econômica pelo usufruto de algo pertencente a outro.
Empresas não descartam ações judiciais
O Financial Times acessou um dos e-mails enviados pela UMG. Nele, a empresa garante que não hesitará em “tomar medidas” para proteger os direitos de seus artistas.
“O treinamento de muitas IAs generativa ocorre com música popular. Você poderia dizer ‘eu quero escrever uma música com letras como Taylor Swift, voz de Bruno Mars e algo como uma música de Harry Styles’. O resultado obtido é porque a IA foi treinada na propriedade intelectual desses artistas”, assegurou fonte citada pela reportagem.
Não está sequer descartado entrar com ação judicial contra qualquer empresa que não respeite os direitos autorais. O e-mail menciona artistas como Taylor Swift, Katy Perry e Bad Gyal.
A discussão acrescenta uma história recente do Google. A empresa já possui uma ferramenta para gerar música a partir de texto, chamada MusicLM. O modelo é treinado em um conjunto de dados de 280.000 horas de música. No entanto, esta funcionalidade ainda não foi colocada em operação devido ao risco de possível apropriação indébita de conteúdo criativo.
A empresa descobriu que 1% da música que a IA gerava era uma réplica exata do trabalho com usado no treinamento. Os desenvolvedores do produto disseram:
“Nossos experimentos mostram que o MusicLM supera os sistemas anteriores tanto em qualidade de áudio quanto em aderência à descrição de texto. Além disso, demonstramos que ela pode ser condicionada tanto pelo texto quanto pela melodia, pois pode transformar melodias assobiadas e sussurradas de acordo com o estilo descrito em uma legenda de texto’.
IA e DJ do Spotify
Outro precedente no assunto é a contribuição da IA para oferecer um DJ no Spotify que mixa músicas que o sistema considera serem as que mais agradam ao usuário. Além disso, ele tem uma voz gerada artificialmente, mas de aparência realista.
Durante a experiência, você ouvirá detalhes sobre cada faixa e o artista que a canta, tudo narrado pela inteligência artificial.
O DJ virtual usa o histórico musical dos usuários para criar uma mixagem personalizada.Ele atualiza essa lista todos os dias, ao contrário do que acontece com as listas da seção Weekly Discovery.
Até o momento, o recurso está disponível apenas para clientes da versão premium nos Estados Unidos e Canadá. Isso acontece porque a voz gerada pela inteligência artificial ainda não incluiu outros idiomas
Pessoas que moram nos países habilitados devem entrar no aplicativo e apertar a opção DJ, que só está disponível na versão mobile de aparelhos Android e iOS.
Por fim, caso o usuário não se sinta confortável com a música que está ouvindo, basta apertar novamente o botão DJ para interromper a reprodução e sugerir uma nova mixagem
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