A semana começou com tensão nos mercados globais. Os principais índices das bolsas de valores sofreram grandes quedas após a entrada em vigor das novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciadas na semana passada.
Nesta segunda-feira, Trump voltou a ameaçar a China com um aumento de até 50% nas taxas. Na Ásia, a Bolsa de Taiwan registrou o pior pregão da sua história, enquanto Hong Kong teve o pior desempenho desde 1997, fechando com uma desvalorização de 13,22%. Em Tóquio, o índice Nikkei perdeu 7,8%.
Nos mercados europeu e americano, o clima também foi de pessimismo generalizado. O índice DAX da Bolsa de Frankfurt despencou mais de 10% na abertura e terminou o dia com perda de 4,13%. A Alemanha, maior economia da Europa, foi duramente impactada. Londres, Madri e Milão seguiram a tendência, todas com perdas superiores a 4%. O índice pan-europeu Eurostoxx 50, que reúne ações de 50 empresas do continente, fechou com queda de 4,55%.
Brasil segue queda global
Em Wall Street, as perdas foram mais moderadas. A NYSE recuou mais de 1%, o Dow Jones caiu 0,91% e o S&P 500 perdeu 1,44%. Durante o dia, o Goldman Sachs reforçou que a probabilidade de uma recessão nos EUA aumentou para 45% após o anúncio das novas tarifas.
No Brasil, o Ibovespa seguiu a tendência global e recuou 1,31%, encerrando a 125.588 pontos. O volume financeiro negociado foi de aproximadamente R$ 27,4 bilhões.
Guilherme Prado, Country Manager da Bitget para o Brasil comentou a relação do mercado das criptomoedas nas últimas horas.
Nas últimas 24 horas, o mercado de criptomoedas sofreu quedas acentuadas, puxadas por Bitcoin e Ethereum, em meio a um cenário macroeconômico turbulento. A recente imposição de tarifas globais, acendeu o alerta nos mercados financeiros, derrubando bolsas asiáticas e afetando diretamente os ativos de risco, como as criptos, reforça Prado.
O índice Crypto Fear & Greed caiu para 17/100, sinalizando “medo extremo” entre investidores. Analistas destacam que as criptos estão funcionando como indicadores antecipados da instabilidade global. Apesar do cenário desafiador, alguns sinais podem beneficiar o mercado cripto nos próximos meses. Conforme, Country Manager da Bitget para o Brasil, a queda abaixo de 4% dos rendimentos dos treasuries americanos, pode aliviar pressões sobre a dívida futura.
O dólar (DXY) está mais fraco, favorecendo a valorização de moedas globais e abrindo espaço para fluxos de capital rumo às criptos, completa. Para Guilherme, as chances de corte de juros pelo Fed em maio aumentaram, o que tende a impulsionar ativos de risco.
O dólar manteve a tendência de alta em relação ao real e outras moedas. A moeda americana ultrapassou os R$ 5,90 na sessão de hoje e encerrou o dia valendo R$ 5,91. A cotação é a maior desde 28 de fevereiro deste ano.
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