No primeiro dia do G20, o presidente Lula, adiantou o discurso final no início da noite com foco na desigualdade social, fome e pobreza. Pouco citada, a Inteligência Artificial (IA) estava na pauta.
IA estava na pauta do G20, mas foi pouco citada
Temas como regulamentação IA e economia digital, não avançaram. Essas pautas estavam na agenda, inclusive das discussões do encontro dos ministros do G20, que aconteceu em São Paulo. O presidente brasileiro criticou ações das economias durante a crise de 2008 e disse que à época “eles (G20) escolheram caixas econômicas em vez de ajudar as pessoas.”
A história do G20 está interligada aos choques sofridos pela economia global nas últimas décadas. Foi decidido que as economias centrais deveriam ser priorizadas em vez de apoiar os países em desenvolvimento.
Para o chefe de estado brasileiro, a globalização neoliberal falhou, e reforçou que “não há ninguém melhor do que nós para mudar o curso da humanidade.”
Assim, Lula anunciou, em tom crítico, uma reforma para governança global. Lula voltou a criticar o Conselho de Segurança das Nações Unidades e disse que a omissão do conselho tem sido “uma ameaça à paz e à segurança internacionais.”
Sanções unilaterais produzem sofrimento e atingem os mais vulneráveis, afirmou Lula.
Políticas financeiras em falta no G20
Lula também citou a urgência de rever “as regras e políticas financeiras que afetam sobretudo desproporcionalmente os países em desenvolvimento”. O presidente do Brasil pediu cooperação tributária internacional para reduzir as desigualdades.
Estudo do G20 sugere 2% de imposto para super ricos e IA
Um estudo encomendado pela trilha de finanças no início do ano mostrou que uma taxa de 2% sobre a riqueza dos super-ricos, geraria um montante de US$ 250 milhões por ano. Os responsáveis usariam esses recursos para combater os desafios ambientais e, principalmente, sociais.
O futuro será multipolar. Aceitar essa realidade abre caminho para a paz.
A regulamentação de Inteligência Artificial não avançou, no entanto, Lula citou a tecnologia no discurso final.
Também é fundamental construir uma governança que maximize as oportunidades e mitigue os riscos da Inteligência Artificial. A resposta à crise do multilateralismo é mais multilateralismo.
O apelo final ficou com o pedido de mais diálogo para uma governança global eficiente.
Brasil, ONU e UNESCO lançam iniciativa global contra desinformação climática
Outra pauta foi o avança do Brasil, em parceria com a ONU e a UNESCO. O grupo lançou uma iniciativa global para combater a desinformação sobre mudanças climáticas.
A proposta busca intensificar, sobretudo, pesquisas e medidas que apoiem ações climáticas urgentes, em resposta aos alertas científicos sobre o esgotamento do tempo para agir. Países como Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Suécia já aderiram à iniciativa, que também convida outras nações comprometidas com a integridade da informação e metas climáticas.
Parceria Brasil-Chile pela integridade da informação e uso de IA
Brasil e Chile assinaram um Memorando de Entendimento para combater a desinformação e promover a inclusão digital.
Assinado pelos representantes dos dois governos, o acordo pretende compartilhar experiências em políticas públicas e regulamentação, além de explorar o uso responsável da IA para garantir informações confiáveis e proteger a democracia.
A iniciativa prioriza soluções inclusivas e respeitosas aos direitos humanos, fortalecendo a integridade da informação.
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