Uma das notícias que mais repercutiram neste início de semana foi o anúncio feito por Elon Musk do “primeiro humano que recebeu um implante da Neuralink e está se recuperando bem”.
O dono da Neuralink, Space X, Tesla entre outras gigantes da indústria , contou a novidade pelo X e disse que “os resultados iniciais mostram uma atividade cerebral promissora de picos de neurônios.”
SponsoredBatizado de Telepathy (Telepatia), Musk explicou que o chip “permite o controle do seu telefone ou computador, e através deles quase qualquer dispositivo, apenas pensando. Os usuários iniciais serão aqueles que perderam o uso dos membros.
Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um datilógrafo ou um leiloeiro. Esse é o objetivo.”, disse o bilionário.
Ou seja, na prática, o chip do Telepathy promete conectar cérebros humanos a computadores para ajudar em tratamentos de pacientes com problemas de locomoção, paralisias e outras doenças neurológicas.
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Como funciona o Telepathy
O vídeo abaixo publicado pela Neuralink sobre o funcionamento do aparelho em outubro do ano passado, explica que “o carregamento sem fio de implantes precisa ser fácil, eficiente e seguro, “em uma demonstração de como são testados os circuitos de controle que gerenciam a potência de saída do carregador para carregar o implante sem fio em várias distâncias e ângulos”
SponsoredConectado a 1.024 eletrodos pequenos por meio de fios flexíveis mais finos do que um fio de cabelo, o chip do Telepathy poderá ser usado para controlar, por exemplo, a intenção de movimento, diz a Neuralink.
E tudo sem fio, já que a empresa promete carregamento, registro e transmissão de sinais cerebrais sem fio para um app que decodifica os movimentos que o paciente pretende fazer.
Nesta outra publicação da Neuralink é possível entender com mais detalhes como funciona o Telepathy.
A professora Tara Spires-Jones, presidente da Associação Britânica de Neurociências, disse à BBC que o implante anunciado por Musk “tem um grande potencial para ajudar pessoas com distúrbios neurológicos no futuro”.
“É um excelente exemplo de como a pesquisa fundamental em neurociência está sendo aproveitada para avanços médicos, no entanto, a maioria dessas interfaces requer neurocirurgia invasiva e continua em fase experimental, portanto, provavelmente levará muitos anos até que estejam disponíveis.”
Desde maio de 2023, a Neuralink tem permissão da FDA para testar o chip em humanos.