O hospital da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lançou hoje uma nova solução blockchain que vai possibilitar que pacientes sejam atendidos de forma online.
A pandemia do coronavírus continua sem dar trégua para o povo brasileiro. Nesta quarta-feira (10), 2.286 pessoas morreram vítimas do covid-19 no Brasil, sendo este o maior número de mortes em um único dia registrado desde o surgimento da pandemia.
Enquanto isso, hospitais em todo país se encontram lotados, dificultando o acesso a tratamentos e consultas de pessoas acometidas com outras doenças.
SponsoredPara driblar a pandemia, o Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB) recorreu a tecnologia blockchain.
Começa a funcionar hoje (11) a plataforma TelerRim, um novo serviço de telemedicina desenvolvido para os pacientes que não podem ir até um hospital, possam consultar seus médicos de forma online, sem precisar sair de casa.
A plataforma em questão será utilizada para atender pacientes portadores de doenças renais. Aliás, a escolha da data de lançamento foi hoje porque neste 11 de março, é comemorado o Dia Mundial do Rim.

Tecnologia blockchain na telemedicina
Sponsored SponsoredDe acordo com a Universidade, o TelerRim é um sistema para saúde que associa vídeo digital e blockchain.
A ideia é que todos os processos da consulta possam ser feitos de forma online. Ou seja, além do atendimento por vídeo com o médico, as duas partes podem trocar exames, receitas e atestados diretamente da plataforma.
A tecnologia das criptomoedas entra em jogo para garantir a confiabilidade entre as informações trocadas entre médico/paciente.
Além disso, as chamadas de vídeo terão um certificado digital e todas as informações sigilosas serão criptografadas e mantidas em segurança em blockchain.

De acordo com a médica Cristianne Alexandre, o sistema vai ser útil principalmente para os pacientes de outras cidades que normalmente, precisam enfrentar horas de viagem até chegar ao hospital.
“Esse serviço nasce com o objetivo de reduzir a distância entre paciente e médico. A gente entende que o paciente portador de doença renal só pode viver bem com sua doença se tiver uma assistência de qualidade e próxima de si”.
Com o lançamento da nova plataforma, entre 10% e 20% de todas as consultas serão remanejadas para a modalidade online. A partir do amadurecimento do TelerRim, a porcentagem pode subir para 50%.
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Projeto Video for Health
SponsoredA criação da plataforma TelerRim ficou por conta do projeto Video for Health (V4H), que atua dentro do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital da UFPB.
O projeto desenvolve soluções de vídeo para a telessaúde e está sob coordenação do professor Guido Lemos. No V4H, a tecnologia entra em jogo para possibilitar o registro dos atendimentos remotos de forma segura.
A plataforma lançada hoje é um piloto de um projeto de telemedicina que vem sendo desenvolvido no hospital universitário. Em seguida, o objetivo é expandir a plataforma para outras especialidades.