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Bitcoin tem menor hashrate desde outubro: ameaça ou oportunidade?

2 Min.
Por Linh Bùi
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Hashrate do Bitcoin caiu para 684,48 EH/s—o menor desde outubro de 2024—devido ao aumento dos custos de mineração e medidas de economia de energia.
  • Uma queda de 9,5% na dificuldade de mineração em 29 de junho pode aumentar a lucratividade dos mineradores e ajudar a restaurar a força e a participação na rede.
  • Apesar da queda no hashrate, Bitcoin se mantém em US$ 106 mil.
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De acordo com dados da BitInfoCharts, a média diária do hashrate do Bitcoin recuou para 684,48 EH/s, o menor nível desde meados de outubro do ano passado.

A queda, que partiu de um pico de 966 EH/s em 20 de junho de 2025, levanta uma questão relevante: trata-se de uma oportunidade ou um risco para o mercado de criptomoedas?

Apesar do recuo, o hashrate atual ainda está bem acima dos 379,55 EH/s registrados em julho de 2023, o que garante, em certa medida, a segurança da rede Bitcoin.

Hashrate do Bitcoin. Fonte: BitInfoCharts
Hashrate do Bitcoin. Fonte: BitInfoCharts

A principal causa da queda do hashrate pode estar ligada ao aumento dos custos de mineração de Bitcoin, que subiram mais de 34% no segundo trimestre de 2025, justamente quando o indicador atingiu novos recordes, segundo dados do BeInCrypto. O encarecimento da eletricidade, dos equipamentos e da manutenção levou muitos mineradores a interromper operações para evitar prejuízos.

Além disso, programas voltados à economia de energia também contribuíram para a redução do hashrate, já que algumas fazendas de mineração aderiram a iniciativas de alívio de carga elétrica. A instabilidade geopolítica, como a guerra no Irã, também é apontada como possível fator de impacto.

“Ouça, eu sei que ‘Hashrate está baixo porque o Irã foi bombardeado’ é um ótimo meme, mas se você realmente minera Bitcoin, está olhando para os padrões climáticos dos EUA”, compartilhou Rob Waren, usuário da plataforma X (antigo Twitter).

Apesar do cenário, o mercado de Bitcoin mantém estabilidade. A moeda está cotada em US$ 106 mil, refletindo um sentimento positivo por parte dos investidores.

Os ETFs de Bitcoin, com destaque para o da BlackRock — que administra US$ 70 bilhões em ativos —, continuam sustentando a confiança no BTC como um ativo de proteção, mesmo em meio à queda das ações nos Estados Unidos. Esse movimento reforça a crescente dissociação entre o Bitcoin e os mercados financeiros tradicionais.

Dificuldade de mineração do Bitcoin deve recuar 9,37%

Outro ponto relevante é o ajuste de dificuldade da mineração, previsto para 29 de junho de 2025. De acordo com a CoinWarz, a dificuldade deve cair de aproximadamente 126,41 T para 114,40 T — uma redução estimada em 9,37%.

Dificuldade de mineração do Bitcoin. Fonte: CoinWarz
Dificuldade de mineração do Bitcoin. Fonte: CoinWarz

A redução da dificuldade representa uma oportunidade para os mineradores, pois tende a aumentar a rentabilidade e pode incentivá-los a retomar suas operações. No entanto, caso o hashrate não se recupere rapidamente, a rede do Bitcoin pode enfrentar um leve risco de segurança — embora o nível atual de 684,48 EH/s ainda seja considerado suficiente para prevenir ataques de 51%.

A retração no hashrate também pode ser interpretada como um sinal positivo no longo prazo, ao eliminar operadores menos eficientes do ecossistema. Paralelamente, a estabilidade do preço do Bitcoin em US$ 106 mil e o crescimento dos ETFs indicam que o mercado mantém uma visão otimista em relação ao potencial do ativo.

Ainda assim, os riscos persistem. Caso o hashrate continue em queda e o ajuste de dificuldade não ocorra a tempo, pode haver aumento na pressão de venda por parte dos mineradores, o que afetaria negativamente o preço do Bitcoin. Além disso, fatores macroeconômicos como tensões geopolíticas e a política de juros do Federal Reserve seguem como variáveis relevantes para o desempenho do mercado de criptoativos.

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Lucas Espindola
Lucas escreve sobre análises sobre as principais criptomoedas do mercado. Formado na FMU, acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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