Em plena São Paulo, no bairro do Butantã, a Galeria Leme exibe em seu interior as imagens em NFT da série Amazon Facades, de Luiz Braga, com as fachadas das casas ribeirinhas, João Angelini exibe seus bloco de mármore suspenso em uma paisagem de monocultura no cerrado brasileiro, e as pinturas vivas de Gustavo Von Há, entre outras tantas.
As obras fazem parte da primeira exposição em NFT da Galeria Leme. Ela é a primeira galeria de arte digital de tokens não fungíveis (NFTs) do Brasil.
A galeria foi fundada em 2004, por Eduardo Leme, e representa artistas contemporâneos brasileiros e internacionais. Em 2020, Franco Leme, 25 anos, galerista de arte é formado em engenharia de produção passa a integrar o time da galeria e um ano depois funda a Leme NFT, braço da galeria dedicado a criptoarte.
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Nesta conversa com o BeInCrypto, Leme fala sobre como surgiu a ideia de criar a galeria e como a exibição de arte digital difere do tradicional.
O que é um NFT?
- A Galeria Leme é a primeira Galeria de arte digital com NFTs do Brasil?
Até onde sabemos, fomos a primeira galeria a abrir um braço específico para esta frente no Brasil, em termos de já terem ocorridos vendas anteriores a 2021 por outra galeria foge do nosso conhecimento, mas sempre é possível.
Minha monografia de faculdade foi sobre blockchain e sempre tive muito interesse no assunto, após, escrevi um artigo acadêmico sobre e me aprofundei mais nos estudos. Antes da Galeria, eu trabalhava em uma empresa de tecnologia e durante a pandemia decidi entrar para o time da Galeria. Acreditei que este era um setor pouco explorado no brasil.

A tendência dos últimos anos mostra um aumento no número de telas e monitores por residência, e ao mesmo tempo as gerações mais jovens tem maior participação no universo digital e maior predileção por flexibilidade e praticidade. Além disso, existem diversos estudos estimando o tempo com o qual nos relacionamos com o virtual.
Considerando estes pontos, entre tantos, acredito que esse setor está se desenvolvendo de maneira coerente com as tendências sociais. Cada dia que passa mais empresas sérias e de alto calibre entram neste universo com mais ideias e projetos e assim vemos um crescimento exponencial da base de usuários.

- Como pretende organizar as exposições? Já tem o cronograma pronto?
Atualmente estamos mesclando o digital e o físico. exposições no Metaverso já são uma realidade, porém o público da Galeria ainda tem pouco contato com este tipo de ferramenta, no sentido de ajudar a introduzi-los.
Estamos também focando esforços em promover eventos presenciais ou alocar os NFTs em espaços físicos, mesmo que dispostos de uma forma digital, como em uma Samsung the frame por exemplo.
- Quais são as tendências em termos de arte e de exposições dos NFTs?
Há muita curiosidade, dúvidas e interesse sobre os NFTs, e acredito que abraçarmos esse espaço e auxiliarmos na introdução do público para mostrar as possibilidades é sempre positivo, em termos de tendência ainda é cedo para dizer.
Acredito que há diversas polêmicas que se sustentam no medo de como isso pode vir a afetar o mercado futuramente, em minha opinião, o NFT vem como uma possibilidade de expansão, de transparência e de possibilidades que não imaginávamos antes, ou seja, algo que soma ao que já temos hoje.
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