Em uma recente entrevista ao podcast “Scars And Guitars”, Adrian Smith, guitarrista do Iron Maiden, compartilhou suas preocupações sobre o impacto da inteligência artificial (IA) na indústria musical. Smith expressou seu ceticismo em relação ao uso de IA na criação musical, chamando-o de “o começo do fim”.
Essas declarações refletem uma preocupação crescente entre músicos tradicionais sobre como a tecnologia pode alterar o cenário artístico.
A perspectiva de Adrian Smith sobre a inteligência artificial na música
Durante a entrevista, Smith abordou o tema da IA aplicada à composição musical. Quando questionado se consideraria usar inteligência artificial para escrever músicas, ele respondeu categoricamente:
De jeito nenhum. Eu não sei. Eu nem quero pensar nisso. Quero dizer, IA… O que me disseram outro dia? Alguém, como presente de aniversário ou para seus amigos, encomendou uma música composta por IA para cada um, usando suas vozes. E é simplesmente impressionante. É como o começo do fim.
Essas palavras destacam a preocupação do guitarrista do Iron Maiden em relação à autenticidade e à essência humana na música. Para ele, a criação musical é uma arte que emana da experiência e emoção humanas, e a intervenção da IA poderia distorcer esse processo.
A posição de Smith se soma a um debate mais amplo na indústria musical sobre o papel da inteligência artificial. Enquanto alguns veem a inteligência artificial como uma ferramenta inovadora para a criação e produção musical, outros, como Smith, temem que seu uso excessivo possa desvalorizar a criatividade humana.
Um relatório da Sonarworks destaca que a IA está transformando vários aspectos da indústria musical, da produção à distribuição.
No entanto, também aponta que essa rápida evolução apresenta desafios significativos, especialmente em termos de direitos autorais e autenticidade artística.
A IA pode reduzir a demanda por músicos humanos em indústrias comerciais, como publicidade, composição de trilhas sonoras de filmes e produção musical. Músicos independentes podem ter dificuldades para competir com a quantidade avassaladora de conteúdo gerado por IA em plataformas de streaming, o que pode resultar em menores royalties e menos visibilidade, notou Helmuts Bems, CEO da Sonarworks.
Nesse contexto, as preocupações de Smith refletem uma resistência compreensível à adoção de tecnologias que poderiam redefinir o papel do músico no processo criativo.
A indústria musical está em uma encruzilhada, buscando equilibrar a inovação tecnológica com a preservação da integridade artística.
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