A Guarda Civil da Espanha prendeu seis pessoas em Madri e outras 15 em várias regiões do país por envolvimento em uma rede criminosa dedicada a fraudar indivíduos com criptomoedas. Esta operação, chamada BITEDA II, ajudou a esclarecer até 97 crimes relacionados a fraudes com criptomoedas.
As fraudes com criptomoedas afetaram 52 pessoas com um montante total de 3,5 milhões de dólares. O caso é um exemplo claro dos riscos que os investidores enfrentam se não tomarem precauções adequadas ao operar no mundo das criptomoedas.
SponsoredEspanha: como funcionavam as fraudes com criptomoedas?
A rede criminosa usou anúncios enganosos colocados em várias plataformas online, como imprensa, jogos e entretenimento, promovendo uma suposta empresa de investimento em criptomoedas que oferecia altos retornos. Esses anúncios foram projetados para construir confiança nas vítimas, motivando-as a fazer transferências financeiras.
Uma vez que os golpistas conseguiram captar a atenção das pessoas, as vítimas foram direcionadas para um site falso onde foram contatadas por um suposto consultor que as orientou a fazer mais investimentos. A fraude, que começou com uma denúncia em janeiro de 2024 por uma vítima que perdeu 9.000 euros, usou “mulas de dinheiro” para receber os fundos e facilitar sua lavagem.
Através deste esquema, os golpistas conseguiram obter grandes somas de dinheiro de pessoas que confiaram nas promessas de lucros altos e sem risco.
Como se proteger de golpes com criptomoedas?
A Guarda Civil emitiu uma série de recomendações para evitar cair nesse tipo de fraude. Entre elas está a importância de pesquisar minuciosamente os projetos de criptomoedas antes de investir, desconfiar de promessas de retornos garantidos e evitar esquemas de pirâmide.
Além disso, é aconselhável usar plataformas seguras e habilitar a autenticação de dois fatores para proteger as contas dos usuários. O uso de carteiras frias, ou seja, carteiras digitais que não estão conectadas à internet e são usadas para armazenar uma pequena quantidade de fundos, também é uma medida recomendada para prevenir o roubo de criptomoedas.
Com essas precauções, os usuários podem reduzir significativamente o risco de serem vítimas de fraudes. Sinais de alerta incluem promessas de lucros rápidos, falta de transparência na plataforma ou projeto e pressão para fazer investimentos rápidos. Desconfie de investimentos com retornos garantidos.
Vale lembrar que na Espanha, fraudes relacionadas a criptomoedas podem ser denunciadas à Guarda Civil ou à Polícia Nacional. Você também pode entrar em contato com a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) se acreditar que a fraude está ligada a investimentos regulamentados. Com as medidas corretas, como pesquisa prévia e o uso de plataformas seguras, é possível evitar cair vítima dessas fraudes.
Fraudes com criptomoedas não são novidade na Espanha. Semanas atrás, a Guarda Civil e a Polícia Nacional da Espanha desmantelaram uma rede criminosa após uma operação conjunta que revelou o uso de inteligência artificial (IA) em uma fraude para manipular vídeos com celebridades e promover investimentos falsos em criptomoedas.
