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Greenpeace lança petição para que Bitcoin (BTC) adote PoS como o Ethereum (ETH)

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Por Andru00e9s Peu00f1a
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A ONG ambientalista lançou uma petição para que a Fidelity Investments tome medidas para reduzir a pegada de carbono da rede.
  • Organizações como o Bank of America afirmaram que a adoção institucional do Ethereum aumentará, pois agora contempla critérios ESG.
  • A chamada do Greenpeace se concentra no Bitcoin mudando seu código para que use menos energia.
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Com a fusão, o Ethereum consumirá 99,95% menos energia devido ao protocolo de consenso Proof-of-Stake (PoS). No entanto, o Bitcoin (BTC) ainda usa a Prova de Trabalho (PoW).

O dia 15 de setembro de 2022 será lembrado como o dia em que a fusão do Ethereum ocorreu sem grandes inconvenientes. Um dos grandes motivos para comemorar este marco é que a rede deixará de usar o Proof-of-Work, que exige mineração para validar transações —o que gera alto consumo de energia— e migrará para o Proof-of-Stake, um método muito mais amigável ao meio ambiente.

Com a atualização, a rede Ethereum consumirá 99,95% menos energia, o que abre caminho para um ecossistema mais ecológico. Além disso, organizações como o Bank of America afirmaram que a adoção institucional do Ethereum aumentará, pois agora a rede inclui critérios ESG, ao contrário de blockchains que operam com PoW, como o Bitcoin (BTC).

Por causa disso, a ONG ambientalista Greenpeace lançou uma petição para que a Fidelity Investments, que promove negócios de Bitcoin há anos, tome medidas para reduzir a pegada de carbono da rede.

“No Texas, a mineração de Bitcoin está a caminho de consumir quase um terço da capacidade máxima atual da frágil rede elétrica do Texas nos próximos anos. Em Montana e Nova York, a mineração de Bitcoin trouxe de volta à vida usinas de combustível fóssil, exacerbando a crise climática”.

Com esse argumento, o Greepeace afirma que a Fidelity ignorou a crescente pegada climática do Bitcoin. Por meio de sua petição, ele pede às pessoas que exijam da CEO da Fidelity, Abigail Johnson, que o Bitcoin mude seu código e use menos energia.

O gasto de energia do Bitcoin

De acordo com um relatório publicado pela Casa Branca em setembro de 2022, a mineração de Bitcoin consome um pouco menos de energia do que toda a Argentina. Por esse motivo, alguns argumentam que as criptomoedas não estão muito cientes das mudanças climáticas.

Consumo anual de eletricidade (bilhões de Kw/h). Fonte: Casa Branca.

Os Estados Unidos estão analisando a possibilidade de banir o PoW e a mineração no país. O criador da Cardano (cujo blockchain opera com Proof-of-Stake), Charles Hoskinson, comentou:

“A Casa Branca agora está basicamente escondendo na página sete um relatório que ninguém nunca verá ou lerá: ‘Ei, Mia, é ótimo que você tenha chegado lá com a Prova de Trabalho, mas, você sabe, o aquecimento global é ruim. Então, devemos proibi-lo”.

Parafraseando a Casa Branca, Hoskinson comentou que os EUA querem criar normas e legislação para impedir a mineração de Bitcoin, a ponto de “destruir as margens de lucro para que não seja mais lucrativo para a indústria de mineração dos EUA”.

O Wall Street Journal informou, em setembro, que a Fidelity Investments poderia permitir que investidores de varejo negociassem Bitcoin em sua plataforma, mas o Greenpeace parece não saber que a empresa não tem voz nas alterações do código Bitcoin (BTC).

Isso porque o código é mantido pelos desenvolvedores que fazem parte do grupo Bitcoin Lead Developer.

Da mesma forma, um estudo realizado pela BatCoinz sugere que o Bitcoin pode ser o primeiro sistema monetário com zero emissões líquidas em 2024. Entre seus argumentos está o aumento da mineração que usa energias renováveis.

Fonte: BatCoinz

De acordo com o relatório, a mineração líquida de carbono negativo é de 62,4%. E até março de 2023, espera-se que chegue a 72,7%. Com base nisso, a petição do Greenpeace parece atacar o problema errado de energia do Bitcoin.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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