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Greenpeace espalha FUD sobre mineração de Bitcoin

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O uso de queima de gás na mineração de Bitcoin é criticado pelo Greenpeace.
  • Bitcoin usa metade da energia que é desperdiçada todos os anos nos EUA.
  • O consumo global é de 0,48% – muito menos do que a maioria das indústrias.
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O debate sobre mineração de Bitcoin e uso de energia da rede continua, e a última rodada de FUD infundado veio do Greenpeace.

A organização ativista ambiental Greenpeace atacou a indústria de criptomoedas e a rede Bitcoin em resposta a um artigo publicado no ano passado.

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Na segunda-feira (17), o Greenpeace escreveu que “a mineração de Bitcoin está gerando milhões de toneladas de nova poluição do aquecimento global nos EUA”.

Sua queixa principal era sobre o uso de energia residual da queima de gás para alimentar as máquinas de mineração Bitcoin. O Greenpeace afirmou que a queima desse gás “não faz nada para reduzir o consumo de combustível fóssil e está até mantendo os antigos poços de gás abertos”.

Narrativas de mineração de Bitcoin sem base

Na realidade, a queima de gás acontece de qualquer maneira, então esse carbono está indo para a atmosfera independentemente. Os mineradores de Bitcoin convertem essa energia desperdiçada em um processo produtivo, em vez de deixá-la virar fumaça.

Além disso, o Greenpeace não citou nenhuma fonte para sua alegação de “milhões de toneladas de poluição”. Isso pode ser porque não é possível medir com precisão a pegada de carbono das atividades de mineração.

O analista de mercado Willy Woo comentou:

“Seria bom se você apoiasse sua posição com dados concretos e ciência em vez de citar uma narrativa, que honestamente é a norma nos dias de hoje.”

De acordo com o Índice de Consumo de Eletricidade da Universidade de Cambridge, toda a rede global de Bitcoin usa atualmente cerca de 106 terawatts-hora (TWh) por ano. Na verdade, a demanda está em declínio este ano devido ao mercado em baixa e ao hardware de mineração mais eficiente.

Em comparação, isso é quase metade das perdas de transmissão e distribuição de eletricidade apenas nos EUA, que são estimados em 206 TWh por ano. A Energy Information Administration (EIA) estimou que essas perdas equivaleram a cerca de 5% da eletricidade distribuída nos EUA de 2016 a 2020.

Além disso, o corte de energias renováveis na China, que é uma taxa de abandono para um excesso de oferta de energia que não pode atingir as redes, é de cerca de 105 TWh por ano, segundo a Universidade de Cambridge.

Ambos são fontes de energia completamente desperdiçadas. Somados, eles consomem três vezes mais que a rede Bitcoin.

Alimentando um sistema monetário global

Voltando à queima de gás, a Universidade de Cambridge estima que o potencial de recuperação global para esta atividade é de 688 TW/h. Novamente, isso é energia completamente desperdiçada da queima de combustível fóssil que poderia alimentar toda a rede BTC 6,5 vezes.

A comparação do consumo de energia do Bitcoin com outras indústrias também destaca o quão pouco ele realmente usa:

A participação global de consumo de energia do Bitcoin é de apenas 0,48%. Essa energia é usada para alimentar uma rede monetária descentralizada e sem permissão. Ainda mais importante, o Bitcoin nunca foi hackeado e está instantaneamente disponível para qualquer pessoa em qualquer país a qualquer momento.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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