De acordo com um novo relatório da CoinGecko, contas governamentais detêm 2,3% do suprimento total de Bitcoin. Coletivamente, suas posses somam 463.741 BTC, uma queda de 529.591 em menos de um ano.
Apesar dos números aparentes, a tendência geral é de declínio: dois dos sete governos liquidaram completamente seus ativos, e apenas El Salvador continua a aumentar suas reservas de Bitcoin.
Governos estão se desfazendo de bitcoin
Embora empresas como a MicroStrategy frequentemente atraiam atenção da mídia por suas grandes posses de Bitcoin, governos também representam dois dos 10 maiores investidores na principal cripto.
A CoinGecko descobriu algumas tendências interessantes ao analisar todas as estatísticas relevantes. Por exemplo, apenas cinco nações atualmente mantêm ativos em Bitcoin.

O governo federal dos EUA é o maior detentor institucional de Bitcoin. A indústria cripto monitora de perto suas movimentações, enquanto busca influenciar políticas públicas. Vale destacar que os Estados Unidos não adquirem a moeda no mercado — suas reservas são resultado de apreensões em operações criminais.
Na reta final do governo de Joe Biden, os Estados Unidos iniciaram a liquidação de suas reservas de Bitcoin, movimento que se tornou um dos principais impulsionadores da criação da Reserva Cripto de Trump. A proposta dela não é adquirir novos BTCs, mas sim administrar os ativos já existentes e impedir que sejam vendidos futuramente.
A China é um governo detentor de Bitcoin um tanto negligenciado, o que pode ser atribuído a duas razões. Obviamente, o país é um tanto hostil à cripto, e rumores não verificados de liberalização de políticas podem impactar o mercado.
O país apreendeu quase 200 mil bitcoins em 2020 e não os movimentou desde então. Assim, esse grande estoque pode escapar da atenção geral.

O governo britânico espelha a estratégia de Bitcoin da China, mantendo suas reservas substanciais em um padrão de espera. A Alemanha realizou uma liquidação completa no ano passado, zerando suas posses substanciais. Fez isso para cobrir um déficit orçamentário, não por razões ideológicas anti-cripto.
Além disso, a Ucrânia realizou uma liquidação total semelhante de BTC para financiar seu esforço de guerra em andamento. Todos os investidores governamentais mencionados obtiveram seu Bitcoin exclusivamente por meio de apreensões criminais, exceto a Ucrânia, que aceitou doações transfronteiriças.
El Salvador se isola como único governo a expandir reservas de BTC
Por outro lado, apenas dois detentores estão ativamente tentando adquiri-lo. O Butão atraiu atenção internacional por seus ganhos em BTC, mas isso vem da mineração, e vendeu quase metade de seu suprimento nos últimos meses.
Em resumo, El Salvador é o único governo globalmente empenhado em expandir suas reservas de Bitcoin. Embora tenha concordado em interromper as compras de BTC para obter um empréstimo do FMI, o país segue adquirindo mais ativos. Essa postura gerou certa resistência interna, mas, aparentemente, o FMI está satisfeito com a estratégia adotada.

Isso significa que a CoinGecko realizou uma análise aprofundada e chegou a algumas conclusões. Embora os governos possuam uma quantidade significativa de Bitcoin, essa tendência se mostra vulnerável e instável.
Apenas sete governos detinham BTC no ano passado, e dois deles já o perderam desde então. Algumas mudanças políticas poderiam mudar totalmente esse ambiente.
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