Com objetivo de derrubar a junta militar que prendeu e derrubou a então líder democrática e Nobel da Paz , Aung San Suu Kyi, o grupo que tenta administrar um governo paralelo em Mianmar, anunciou o Tether como a criptomoeda oficial para uso local no país.
O Governo de Unidade nacional agora aceita oficialmente a stablecoin Tether – que é uma moeda digital pareada ao dólar , mais estável e sem grandes oscilações no mercado como o Bitcoin ou Ethereum.
O objetivo é financiar uma campanha para acabar com o regime militar , além de facilitar e impulsionar o comércio local . Segundo reportagem da Bloomberg, o anúncio foi feito no domingo 12 de dezembro, pelo ministro das Finanças do Governo paralelo,Tin Tun Naing , sem muitos detalhes .
Apesar da aliança de líderes civis e grupos pró -democracia tentarem uma retomada de poder, eles não controlam o território da antiga Birmânia e não ocupam cargos de poder no país que tem o maior potencial de energia solar quando comparado com outros da sub-região do Grande Mekong.
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Na semana passada, um tribunal de Mianmar condenou Aung San Suu Kyi a quatro anos de prisão, mas depois reduziu a pena para dois anos. Suu Kyi é acusada de incitar a população contra os militares nas eleições de 2020, vencida por ela.
Desde então a Nobel da Paz está presa em local desconhecido e várias potências como Estados Unidos, países da União Europeia, Nações Unidas já fizeram vários apelos para que os militares libertem não apenas a líder democrata , mas também outros membros do antigo governo democrático, mas nada aconteceu. A situação política no país continua tensa
Banco Central considera ilegal adoção de moedas digitais
O país vive uma escalada de violência desde então em uma batalha entre militares e membros pró-democracia. Mais de 1.200 pessoas morreram e cerca de 10 mil foram detidas na repressão dos dissidentes após o golpe em fevereiro de 2021, segundo uma ONG local.
Os militares, que comandam Mianmar desde 1989, defendem o golpe alegando uma suposta fraude nas eleições gerais do ano passado, que a LND – partido de Suu Kyi – venceu com folga e segue comandando com mãos de ferro a nação do sul da Ásia
A junta decretou ilegal todas as moedas digitais em maio do ano passado e ameaçou com multas e até prisão para qualquer infrator. O governo de Unidade Nacional não está olhando apenas para criptomoedas. O grupo arrecadou
US$ 9,5 milhões nas primeiras 24 horas com a venda do que foi comercializado como “Títulos do Tesouro da Revolução da Primavera” com objetivo de ajudar a derrubar o atual governo, liderado pelo golpista Min Aung Hlaing. O título parece ser estruturado como um instrumento de empréstimo direto.
Na semana passada, o governo paralelo disse que esses chamados títulos seriam vendidos em breve dentro de Mianmar, inflamando os ânimos após o anuncio da pena de Suu Kyi de quatro anos, embora tenha sido reduzida para dois anos em um local desconhecido.
O governo pró-democracia pretende levantar US $ 1 bilhão com a venda dos títulos, que a junta afirma violar as leis de contraterrorismo. O grupo parece estar se concentrando em criptomoedas como o Tether, que pode ser negociado em locais que permitem aos usuários mais privacidade.
Governos globais de olho nas criptomoedas.
O anúncio acontece em um momento que autoridades monetárias, formuladores de políticas em todo planeta avaliam os potenciais para a adoção de criptoativos. Grandes potencias como os Estados Unidos estão avaliando também a regulamentação das criptomoedas sinalizando um caminho sem volta para adoçao das moedas digitais.
Em outubro, as Bahamas adotaram o Sand Dólar , o CBDC da região. Segundo as autoridades a moeda digital será útil para as microtransações nas muitas ilhas do país. Eles querem minimizar o comércio indocumentado e dar aos cidadãos sem conta bancária acesso a serviços semelhantes aos dos bancos. Em teoria, isso dará suporte a pequenas empresas.
O Banco Central expôs a utilidade do Sand Dollar em uma seção especial de relatório de 2019, quando o BC das Bahamas anunciou um programa piloto para a moeda digital:
Os objetivos de inclusão financeira do Banco Central visam fornecer a toda a população acesso a serviços de pagamento habilitados digitalmente; acesso universal a serviços bancários por meio de canais digitais; redução do tamanho das atividades econômicas não registradas e integração total das micro, pequenas e médias empresas ao comércio digital.
O arquipélago faz parte de uma lista crescente de nações que criam esse dinheiro virtual. China e França parecem determinados a ser os primeiros grandes países a desenvolver um CBDC. O Reino Unido também manifestou interesse, assim como outras nações insulares como Jamaica e Barbados.
El Salvador na América Central foi pioneiro ao adotar o Bitcoin como moeda oficial junto com o dólar a partir de 7 de setembro. Na capital do país, San Salvador, gigantes do fast food como Starbucks e McDonald’s, além de supermercados e comércios menores, já aceitam o Bitcoin. Mais de 2 milhões de pessoas, em um país com 6,5 milhões de habitantes , já são usuários do Chivo, a carteira critpo do governo Bukele.
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