Golpistas descobriram uma maneira de queimar tokens diretamente das carteiras dos usuários da blockchain Solana, sem deixar rastros.
Um desenvolvedor da exchange descentralizada (DEX) Jupiter, baseada na Solana, conhecido pelo apelido Slorg, chamou atenção para um novo esquema fraudulento no Twitter/X.
Como os golpistas queimam tokens da Solana?
O principal mecanismo do esquema dos golpistas é baseado na função “Permanent Delegate”. Ela permite que o proprietário de criptomoedas transfira para outro endereço o direito de gerenciar seus tokens.
Em primeiro lugar, o Permanent Delegate foi criado para a implementação de sanções, como o bloqueio de moedas relacionadas a atividades ilegais. No entanto, agora os golpistas o utilizam para roubar tokens.
“Imagine que você trocou um token e vê que há uma confirmação no histórico da carteira sobre o recebimento da moeda. Mas, depois, você abre sua conta e não encontra nenhum depósito”, escreveu Slorg.
Foi exatamente isso que aconteceu com um usuário da Jupiter que trocou moedas. A transação no histórico da carteira recebeu a confirmação.
No entanto, após alguns segundos, todos os tokens desapareceram. A análise da transferência mostrou que, após o recebimento, todos os ativos foram queimados.
Como se proteger contra a queima de tokens?
Algumas exchanges e serviços, como a Jupiter Exchange e a Rugcheck, já implementaram indicadores que alertam sobre a presença de um Permanent Delegate no token. No entanto, nem todas as plataformas possuem essa funcionalidade.
É importante verificar cuidadosamente os dados sobre os tokens antes de trocá-los. O exame de todos os parâmetros do token e a presença de funções avançadas, por exemplo, podem ajudar a evitar perdas.
Recentemente, especialistas calcularam que, em agosto, cibercriminosos retiraram mais de $300 milhões da indústria de criptomoedas. A maior parte dessa quantia resultou de ataques de phishing, que levaram a perdas totais de US$ 293,4 milhões.
Por fim, em termos de segurança, agosto foi o pior de 2024, ficando atrás apenas de maio. No total, desde janeiro, os criminosos roubaram US$ 1,2 bilhão.
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