As consequências do colapso da FTX chegaram ao mundo esportivo, com o Golden State Warriors sendo processado por ter promovido a exchange.
Elliot Lam, que alega ter perdido US$ 750.000 com a falência da FTX, entrou com uma ação coletiva contra a exchange, buscando uma indenização de US$ 5 milhões. Também são alvos o ex-CEO da corretora, Sam Bankman-Fried, e Caroline Ellison, líder da empresa parceira da FTX, a Alameda Research.
Segundo a Reuters, que teve acesso ao processo, Lam ainda incluiu os Warriors, atual campeão da NBA e uma das franquias esportivas mais tradicionais dos Estados Unidos. Segundo o denunciante, o time de basquete seria culpado por promover a FTX como uma plataforma segura para investimentos em ativos cripto.
Golden State Warriors e a FTX
Na ação, Lam afirma que a franquia da NBA promovia a FTX como uma “maneira viável e segura de investir em cripto”. De fato, os Warriors assinaram um contrato de US$ 10 milhões com a exchange em dezembro de 2021, passando a promover a empresa desde então. A parceria inclusive deu a oportunidade da FTX oferecer ativos cripto excluisivos do time da Califórnia, que já explorou diversas iniciativas voltadas ao mundo cripto, em especial NFTs.
Na época que o contrato foi firmado, o presidente da FTX USA, Brett Harrison, disse que a empresa pretendia “criar uma mudança positiva, não apenas domesticamente, mas internacionalmente, com um das mais prestigiadas franquias de esportes profissionais do mundo.”
Na ação coletiva, Lam observa que “milhares, senão milhões de consumidores internacionalmente” foram lesados pela “fraude” comentida pela FTX e seu antigo CEO, com as consequências do seu colapso ainda impactando toda a indústria cripto.
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Mais celebridades e entidades podem estar em problemas
O processo movido na Califórnia não será a única dor de cabeça que o Golden State Warriors terá em relação a FTX. A franquia também foi mencionado numa ação coletiva registrada em Miami, que cita diversas celebridades que promoveram a FTX nos últimos anos.
Entre elas, está a modelo brasileira Gisele Bündchen e seu ex-marido Tom Brady, que chegaram a atuar como embaixadores e acionistas da exchange. A principal estrela dos Warriors, Stephen Curry, também consta na ação, assim como grandes nomes dos esportes e da mídia estadunidense como Larry David, Trevor Lawrence, Kevin O’Leary e Shaquille O’Neal.
Durante o seu auge, a corretora cripto firmou diversos acordos publicitários multimilionários, se tornado extremamente popular nos EUA. Entre eles estão anúncios durante o último Super Bowl e um patrocínio com a Major League Baseball. A FTX ainda detinha o naming rights da arena do Miami Heat, outra tradicional franquia da NBA – que rapidamente retirou as imagens e logos da exchange após o seu colapso.
Vale lembrar que muitas celebridades, como é o caso de Brady, Gisele e Curry, possuíam grande capital em ativos cripto na corretora. Com isso, eles também foram lesados pela falência da empresa.
A possível condenação desses indivíduos e entidades nos processos movidos pelos ex-clientes da exchange pode abrir novos precedentes para que mais ações sejam feitas, afastando celebridades, atletas e organizações esportivas do mundo cripto. Kim Kardashian, por exemplo, precisou pagar uma multa de US$ 1,2 milhão no mês passado após ter promovido uma criptomoeda acusada de golpe.
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