Confiável

67% dos investidores da Gen Z usam IA, mostra estudo da MEXC

2 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Os investidores usam a IA principalmente para gerenciar riscos e reduzir viés emocional.
  • Os traders da geração Z interagem com bots de IA em 11 dias por mês, o dobro da frequência de usuários mais velhos.
  • O uso de IA ajuda a Geração Z a regular emoções, reduzindo vendas em pânico e melhorando negociação.
  • promo

O relatório da MEXC indica que investidores de criptomoedas da Geração Z estão liderando o uso de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial (IA) para operações no mercado cripto. Segundo o levantamento, dois terços desse grupo ativaram ao menos um bot ou estratégia automatizada nos últimos 90 dias. A GenZ é aquela entre 18 e 27 anos.

Esses usuários representam 60% de todas as ativações de bots na plataforma. Em média, interagem com ferramentas automatizadas por 11,4 dias ao mês, mais que o dobro da média dos traders com mais de 30 anos.

IA como suporte estratégico e emocional

O uso de IA não se limita à automação. De acordo com o relatório, 22,1% da Geração Z interagem com essas soluções ao menos quatro vezes por mês. Para 73% deles, a ativação ocorre principalmente durante picos de volatilidade, sendo desativada em momentos de baixa liquidez ou lateralização. O padrão reflete uma abordagem seletiva e estratégica.

Gen Z leads on metrics of users activating AI-powered bot trading on MEXC
A Geração Z lidera em métricas de usuários que ativam negociação de bots impulsionados por IA na MEXC. Fonte: MEXC Research

A MEXC também observou uma queda de 47% nas vendas por pânico entre os traders que utilizam bots, indicando que a IA atua como ferramenta de regulação emocional. O relatório descreve esse comportamento como “delegação estruturada”, sugerindo que a automação ajuda a reduzir sobrecarga cognitiva e fadiga decisória.

Como a GenZ está redefinindo a gestão de risco?

O relatório aponta que investidores da Geração Z que utilizam IA são 1,9 vez menos propensos a realizar negociações impulsivas nos primeiros três minutos após grandes eventos de mercado. Eles também são 2,4 vezes mais propensos a adotar estratégias de stop-loss e take-profit.

Além disso, 58% das ativações de bots ocorrem durante picos no índice de volatilidade interna da MEXC. Os dados indicam que a IA está moldando um novo modelo de operação, em que sistemas automatizados ajudam a manter disciplina em momentos de incerteza.

Geração Z e millennials adotam estratégias distintas

A análise comparativa entre gerações revela divergência na forma como os investidores abordam o mercado. Enquanto os millennials preferem estratégias baseadas em gráficos, pesquisa e supervisão manual, a Geração Z adota uma lógica reativa e dependente de interfaces.

1 in 5 Gen Z Workers Use ChatGPT Regularly
1 em cada 5 trabalhadores da Geração Z usa o ChatGPT regularmente. Fonte: Pesquisa.org

Esse grupo alterna o uso de automação conforme o humor do mercado e seus próprios níveis de estresse. A flexibilidade e personalização são características centrais, refletindo práticas comuns em ambientes como Discord e TikTok. Essa abordagem se estende ao copy trading e a decisões guiadas por influenciadores e comunidades.

Quais são os riscos associados à automação?

O relatório alerta que, embora a Geração Z esteja moldando novos padrões no comércio de criptoativos, a confiança excessiva em ferramentas de IA pode gerar riscos. Entre eles estão o viés algorítmico, conjuntos de dados incompletos e falta de transparência nos modelos, o que pode criar vulnerabilidades sistêmicas.

Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

renan.honorato.png
Renan Honorato
Jornalista por paixão, exerce a profissão com seriedade. Cobre temas relacionados à economia criativa, Web 3.0 e geopolítica. Trabalhou na redação do Meio & Mensagem e colabora para o UOL. Almeja um mestrado em relações internacionais na USP, além de atuar como parceiro da Oboré na comunicação da Praça Memorial Vladimir Herzog. Sugestões de pauta são sempre bem-vindas.
LER BIO COMPLETA
Patrocionado
Patrocionado