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FTX estuda negociação de derivativos cripto com o Goldman Sachs

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A aproximação com o fundo visa facilitar a obtenção e nova licença para a exchange.
  • A proposta trouxe preocupações às autoridades regulatórias.
  • A parceria traria uma enorme mudança para o mercado de derivativos.
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O Banco Goldman Sachs está considerando uma parceria com a FTX para auxiliar a exchange na regulamentação de sua listagem pública. As conversas começaram em março.

Um relatório da Barron’s revelou a intenção do fundo em integrar serviços de criptomoedas com a exchange.

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O relatório foi publicado terça-feira (31) pela Barron’s, semanário financeiro e de análise fundamentalista editado pela Dow Jones & Company. O presidente da divisão americana da FTX, Brett Harrison revelou:

“Temos vários FCMs já comprometidos com a integração tecnológica com a exchange. Existem vários grandes que você provavelmente pode nomear.”

Também foi observado no relatório que a FTX parece estar absorvendo parte da participação de mercado daqueles que, historicamente, seriam considerados concorrentes diretos em Wall Street. O interesse do Goldman Sachs demonstra que as instituições que normalmente atuavam como contraparte em transações alavancadas estão de olho em outras ofertas de serviços.

Alteração de licenças

A FTX está tentando modificar sua licença junto a Commodities Futures Trading Commission (CFTC) para poder atuar como uma exchange de criptomoedas e um intermediário para negociação de derivativos alavancados (FCM).

A chefe da Bosonic, uma empresa de liquidação de criptomoedas que atende investidores institucionais, Rosario Ingargiola, explica que as exchanges não podem oferecer alavancagem nos EUA sem estarem regulamentados pela CFTC o que leva muitas delas a buscarem alternativas:

“É uma grande parte do motivo pelo qual você vê grandes exchanges de criptomoedas comprando plataformas regulamentadas (Commodity Futures Trading Commission) que permitem a oferta de derivativos como opções e futuros para clientes de varejo, porque há uma enorme demanda por produtos alavancados no segmento de clientes de varejo”.

A aproximação com o Goldman Sachs poderia facilitar as negociações com os reguladores, entretanto há preocupações de outros órgãos reguladores e associações com um possível monopólio dos grandes fundos.

Proposta controversa da FTX

A proposta da exchange é automatizar o sistema de liquidações dinamizando assim o mercado de derivativos dos EUA. Isso levou a atritos da Futures Industry Association (FIA), que representa muitos dos intermediários que seriam afetados, pois a associação teme que a FTX possa ir além, ofertando criptomoedas para outros mercados.

O novo sistema automatizado calcularia os níveis de margem a cada trinta segundos, liquidando posições ou vendendo as margens em partes igualmente divididas rapidamente se as margens ficarem muito baixas. Haveria outros provedores de liquidez de backup em um cenário de pior caso.

Se a proposta for aprovada, a FTX obtiver as licenças e o novo sistema for implementado, isso pode iniciar a remoção de intermediários que hoje são responsáveis pelas liquidações no mercado de derivativos com o próprio Goldman Sachs.

A FIA chamou o plano da FTX de “inovador” e “transformador”, mas advertiu a CFTC a fazer sua lição de casa antes de aprovar a proposta.

No dia 13 de maio, o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, participou de uma audiência para a comissão na câmara dos EUA que avalia a proposta apresentada pela exchange. Ele defendeu o uso de computadores para realizar chamadas de margem em posições alavancadas e disse que “o novo sistema automatizado seria saudável para os mercados”.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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