A exchange falida FTX retirou o staking de quase 190 mil Solana (SOL), avaliados em mais de 31 milhões de dólares, hoje (11), em meio a pedidos de credores que desejam ser ressarcidos.
A ação levanta novas questões sobre a resiliência da altcoin e como o mercado pode reagir à pressão de venda impulsionada por falência durante um amplo rali cripto.
De acordo com a Lookonchain, a transação ocorreu há poucas horas. Envolveu 189.851 SOL, avaliados em US$ 30,94 milhões no momento.
Embora a FTX tenha regularmente retirado o staking e transferido SOL para carteiras vinculadas à exchange falida nos últimos meses, o momento desta última ação é preocupante.
Isso ocorre em meio a um renovado interesse institucional e impulso de preços, com o Bitcoin (BTC) testando novos recordes históricos (ATH). Enquanto isso, analistas antecipam uma potencial temporada de altcoins, com o Ethereum recuperando o nível psicológico de US$ 3 mil.
Esses marcos amplificaram a especulação sobre o potencial impacto de mercado da FTX ao retirar o staking de um volume tão grande de tokens Solana.
“Enviar isso para o mercado pode trazer mais incerteza para SOL”, um usuário do X (antigo Twitter) comentou.
A FTX poderia enviar os tokens para carteiras de credores como parte do esquema de reembolso aos clientes. O choque de oferta poderia influenciar o preço da Solana.
Isso poderia acontecer se os destinatários decidirem vender para capitalizar no rali atual do mercado cripto.
Enquanto isso, a ação também está diretamente ligada ao caso de falência em andamento da FTX, enquanto busca ressarcir os credores. A exchange falida está no processo de distribuir cerca de 5 bilhões de dólares em ativos para credores. No entanto, a última controvérsia gira em torno da distribuição geográfica dessas reivindicações.
“Hoje, certos credores do FTX Recovery Trust residem em jurisdições que continuam a ter leis e regulamentos que restringem transações com criptomoedas. A coleção de leis e regulamentos não americanos potencialmente aplicáveis é assustadora”, recentemente a FTX afirmou recentemente.
A BeInCrypto relatou que a FTX propôs congelar reivindicações de 49 países, citando leis locais de cripto. Embora esses países representem apenas 5% de todas as reivindicações, a China compõe 82% desse grupo, levantando preocupações legais e logísticas.
A China continental proibiu a negociação e exchanges de cripto em 2021, mas os residentes chineses ainda podem manter e receber USD no exterior.
“Há mais de 1 mil usuários que vi em grupos do WeChat que foram fortemente prejudicados no golpe da FTX. Se as vítimas em regiões restritas se unirem, isso forçaria a FTX a enfrentar as consequências mais sérias e pagar por essa fraude”, um usuário afetado lamentou.
Essa pressão pode influenciar como e quando a FTX liquida ativos como Solana para levantar capital para reembolsos. Isso é especialmente verdadeiro se certos grupos exigirem tratamento equitativo.
Por enquanto, analistas permanecem divididos sobre o impacto. Por um lado, a liberação de 31 milhões de dólares é modesta em comparação com movimentos anteriores relacionados à FTX, como um desbloqueio de 236 milhões de SOL no início deste ano que desencadeou uma queda temporária de preço.
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