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FTX contra-ataca e ameaça processar políticos outrora apoiados pela exchange

2 mins
Por Ali Martinez
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • A FTX está exigindo a devolução de fundos de políticos e membros do Congresso dos EUA.
  • O novo CEO já avisou que a empresa vai tomar medidas legais para reaver os recursos que não forem devolvidos voluntariamente, com juros.
  • Sam Bankman-Fried foi acusado de usar indevidamente fundos de clientes para ganhos pessoais e doações políticas.
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Alvo de investigações nos Estados Unidos, a FTX está pedindo a devolução de “contribuições ou outros pagamentos” feitos à políticos do país antes da sua falência. O antigo CEO da exchange, Sam Bankman-Fried, foi um dos maiores doadores da campanha presidencial de Joe Biden.  

Em um comunicado divulgado no domingo (5), o recém-nomeado CEO da FTX, John John Jay Ray III, disse que a empresa buscaria fundos não voluntariamente devolvidos por meios legais “com juros acumulados a partir da data em que qualquer ação for iniciada”. A empresa também alertou os destinatários que doaram fundos vinculados a FTX para terceiros, como instituições de caridade, que a empresa ainda tentará recuperar o dinheiro.

FTX exige devolução de fundos

O pedido de devolução ocorre após a FTX sofrer uma queda acentuada no preço de seu token nativo, o FTT. O incidente levou a uma onda de saques em massa, revelando que a empresa não tinha reservas suficientes de ativos de clientes para honrar as retiradas.

Bankman-Fried foi posteriormente preso e acusado de oito crimes financeiros, incluindo fraude de valores mobiliários, lavagem de dinheiro e violações de financiamento de campanha. Ele se declarou inocente das acusações e deve ir a julgamento em outubro.

O ex-CEO, que foi um dos principais doadores de candidatos democratas no ciclo eleitoral de 2020, foi acusado de usar indevidamente bilhões de dólares em fundos dos clientes da corretora. Ele usou esses fundos para apoiar sua empresa comercial, Alameda Research, comprar imóveis privados e doar para campanhas políticas. Sam Bankman-Fried também afirmou ter dado dinheiro a candidatos republicanos, embora tenha dito que essas doações eram “obscuras”, o que significa que a origem dos fundos não foi divulgada.

De acordo com uma planilha pública mantida pela OpenSecrets.org, uma organização sem fins lucrativos que monitora o financiamento e o lobby de campanha dos EUA, Bankman-Fried, juntamente com o ex-co-CEO da FTX Ryan Salame e o ex-chefe de engenharia Nishad Singh doaram mais de US$ 84 milhões para candidatos e organizações políticas.

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Congressistas enfrentam escrutínio público

No mês passado, documentos arquivados na Comissão Eleitoral Federal revelaram que vários funcionários de alto escalão da FTX fizeram doações máximas de campanha a um congressista de Nova York, George Santos, que enfrenta o escrutínio público por declarações sobre seu passado que são supostamente falsas.

Alguns políticos já se mobilizaram para devolver os fundos que receberam de Bankman-Fried. Por exemplo, o ex-deputado Beto O’Rourke devolveu uma doação de US$ 1 milhão pouco antes de a FTX declarar falência. Outros funcionários, como os senadores Dick Durbin e Kirsten Gillibrand, declararam que farão doações para instituições de caridade em valores iguais aos fundos que receberam da exchange.

A extensão dos fundos que foram beneficiados por candidatos e grupos políticos da FTX e suas afiliadas ainda não está clara e pode não se tornar totalmente evidente até depois do novo prazo estabelecido pela empresa.

A declaração da empresa provavelmente pressionará as figuras políticas a devolver os fundos vinculados à FTX e poderá esclarecer até que ponto o mundo político foi impactado pela queda de uma das maiores exchanges do mercado cripto.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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