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FMI exige que El Salvador reduza o papel do Bitcoin na economia, de novo

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Escrito por
Júlia V. Kurtz

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Editado por
Lucas Espindola

04 outubro 2024 12:30 BRT
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  • FMI critica El Salvador pelo uso do Bitcoin e pede redução do seu uso no setor público.
  • O Fundo vê riscos macroeconômicos e jurídicos na legalização do BTC.
  • Presidente Bukele ignora críticas apesar da experiência fracassada com Bitcoin.
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) continua a criticar El Salvador pelo uso do Bitcoin ( BTC ) como moeda de curso legal.

O órgão apela para que o país limite o envolvimento do setor público nas transações de Bitcoin. Uma representante da organização, Julie Kozak, falou sobre isso, conforme a Reuters.

FMI critica El Salvador pelo uso do Bitcoin

El Salvador legalizou o Bitcoin em 2021. Desde então, o FMI critica ativamente a política do país de introduzir a criptomoeda na economia.

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Há três anos, por exemplo, a organização afirmou que reconhecer o BTC como moeda com curso legal representa “uma série de problemas macroeconômicos, financeiros e jurídicos”.

Em seguida, em agosto de 2024, o FMI admitiu que muitos dos riscos ainda não se concretizaram. No entanto, o fundo ainda recomenda fortemente que o país reconsidere sua política de Bitcoin.

“Recomendamos estreitar o escopo da lei Bitcoin, fortalecer a estrutura regulatória e a supervisão do ecossistema Bitcoin e limitar o impacto do Bitcoin no setor público”, enfatizou Kozak durante uma coletiva de imprensa.

A porta-voz do FMI acrescentou que a organização se esforça para chegar a um acordo com El Salvador sobre um novo programa. Ela disse que o programa “ajudará na estabilização e ajustamento macroeconômico, bem como nas reformas pró-crescimento”.

Autoridades do país respondem

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que iniciou a introdução do Bitcoin, ignora as críticas do FMI e de outras organizações internacionais. Ele ridicularizou várias vezes as preocupações de várias instituições e de políticos individuais.

Porém, ao mesmo tempo, Bukele admitiu, em entrevista à revista TIME, que o experimento com Bitcoin não alcançou os resultados esperados.

“[O Bitcoin] não teve a adoção em massa que nós esperávamos entre a população em geral. Menos de 12% fizeram uma transação. Mas a adoção teve o efeito esperado, de colocar El Salvador no mapa por algo além de sua violência. Ele nos deu branding devido a seus investimentos, ele nos deu turismo”, disse Bukele

A lei BTC de El Salvador exige que as empresas aceitem criptomoedas como meio de pagamento. Porém, somente se a empresa tiver capacidade técnica para isso.

O país também compra constantemente Bitcoin, o que torna esta estratégia uma de longo prazo. El Salvador controla, no momento, cerca de 5.892 BTC, no valor de US$ 362 milhões.

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