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Falha na OpenSea impede que usuários vejam NFTs no Twitter e MetaMask

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Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Uma falha na OpenSea impossibilitou que usuários conseguissem ver as imagens de seus NFTs tanto no Twitter como na MetaMask.  
  • Ambas as plataformas usam APIs da OpenSea para exibir as imagens de NFTs.
  • Problema escancara possíveis falhas e grande centralização desse mercado.
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Uma falha na OpenSea impossibilitou que usuários conseguissem ver as imagens de seus NFTs tanto no Twitter como na MetaMask.

A OpenSea, maior mercado de NFTs do mundo, revelou estar sofrendo problemas no seu banco de dados nesta quinta-feira (20), precisando paralisar o seu site.

Horas depois do anúncio, a empresa deu uma atualização afirmando que uma correção havia sido implementada e que o problema estava sendo monitorado. No fechamento da matéria, sua plataforma de negociações dava sinais de estar operando normalmente.

Falha impacta MetaMask e Twitter

A falha não impactou somente o site da empresa, mas também outras plataformas usadas por detentores de NFTs. Usuários da MetaMask, popular carteira de ativos cripto, relataram que as imagens (JPEG) de seus tokens não fungíveis comprados recentemente haviam desaparecido.

Isso se deve ao fato da carteira depender das APIs da OpenSea no que se refere aos NFTs que são adquiridos no marketplace. O cofundador da MetaMask, Dan Finlay, afirmou ao Motherboard que a empresa estava armazenando os dados referentes a esses ativos em cache para que nenhum dado seja apagado durante a interrupção.

“Armazenamos quais NFTs o usuário possui na carteira. A interrupção do OpenSea significa que atualmente não estamos detectando automaticamente novos NFTs que são enviados para a carteira do usuário, embora os usuários sempre possam informar a carteira sobre os NFTs que possuem digitando seu endereço manualmente.”

Usuários do Twitter, que também usa uma API da OpenSea, relataram não ser possível visualizar as imagens de seus NFTs na rede social, que recentemente disponibilizou sua nova ferramenta voltada para essa classe de ativos.

NFTs e seus problemas

A recente falha da OpenSea, e seus impactos negativos em outras plataformas, escancara um dos principais problemas atuais do mercado NFT: sua alta centralização. Conforme destacado pela pesquisadora de segurança Jane Manchun Wong:

“Acho que muitas plataformas dependem do OpenSea. E se torna um único ponto de falha, especialmente quando o OpenSea não está estável ultimamente”

Vale destacar que atualmente a OpenSea é responsável por grande parte do volume de negociações envolvendo essa classe de ativo.

Além disso, o episódio destaca ainda mais uma “falha” dos NFTs referente as suas imagens. Somente o registro de um token não fungível é feito na blockchain, enquanto a sua imagem é armazenada em outro local – no caso atual, na própria OpenSea.

Anteriormente, Moxie Marlinspike, fundador do aplicativo de mensagens Signal, já havia mostrado essa brecha, ao criar um NFT que apresentava imagens diferentes em cada casa de leilão que estava listado. O empresário ainda criticou a grande centralização que tem sido feita na OpenSea em relação a este mercado:

“O MetaMask não faz muito, é apenas uma visão dos dados fornecidos por essas APIs centralizadas. Tudo isso significa que, se seu NFT for removido da OpenSea, ele também desaparecerá da sua carteira. Não importa funcionalmente que meu NFT esteja indelevelmente na blockchain em algum lugar, porque a carteira (e cada vez mais tudo no ecossistema) está apenas usando a API OpenSea para exibir NFTs”.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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