Trusted

Executivo do MB vê Bitcoin a R$ 1 milhão em 2025

4 mins
Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • Especialistas, executivos e CEOs da indústria cripto explicam os prós e contras para o Bitcoin com a valorização do dólar.
  • Vice-presidente de Novos Negócios do MB acredita que a maior criptomoeda do mercado deve chegar a R$ 1 milhão este ano.
  • Entenda o risco Brasil e o efeito Trump.
  • promo

Recentemente o Bitcoin atingiu uma nova marca acima dos US$ 108 mil e está sendo negociado por volta de US$ 95 mil nesta sexta-feira (10). Enquanto isso, no Brasil, o dólar também atingiu um recorde. A moeda norte-americana chegou a R$ 6,09 em 16 de dezembro de 2024, atingindo o maior valor nominal desde a criação do real, em 1994. Depois disso, renovou vários recordes até chegar a R$ 6,26 em 18 de dezembro.

Mas como a valorização do dólar pode impactar o Bitcoin? E ir além de elevar os custos de entrada no mercado de criptomoedas, limitando a adoção em regiões com menor poder aquisitivo.

O BeInCrypo Brasil perguntou a especialistas e CEOs da indústria cripto. Quais são os prós e contras para o Bitcoin com a valorização do dólar.

Bitcoin a R$ 1 milhão em 2025

Para o vice-presidente de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, Fabrício Tota, um dólar forte traz um duplo impacto no mercado de Bitcoin.  

Por um lado, ele cria desafios em atrair fluxos de capital institucional, já que ativos tradicionais, como títulos do Tesouro dos EUA, se tornam mais atraentes com o aumento dos rendimentos. Por outro, reforça a percepção do Bitcoin como uma reserva de valor alternativa, especialmente em economias emergentes, onde moedas locais tendem a se desvalorizar frente ao dólar, pontua Tota.

Para países como o Brasil, onde o real já está sob pressão e pode enfraquecer ainda mais em 2025, o Bitcoin se apresenta como uma alternativa real e acessível para proteger o patrimônio. Nesse cenário, não me surpreenderia ver o Bitcoin a R$ 1 milhão esse ano, acredita o VP do MB.

Cautela é a palavra

Márlyson Silva, CEO da Transfero, avalia que a valorização do dólar impacta diretamente a percepção de valor do Bitcoin, criando ao mesmo tempo, oportunidades de diversificação e riscos que demandam cautela.

Enquanto a alta do dólar incentiva investidores e empresas a buscarem ativos que funcionem como reservas de valor ou como um hedge alternativo, favorecendo, assim, a adoção do Bitcoin. Ao mesmo tempo, é essencial considerar a elevada volatilidade desse criptoativo e o possível aumento da regulação governamental, fatores que podem frear seu crescimento. Diante disso, o mais importante é avaliar cuidadosamente essas dinâmicas antes de tomar qualquer decisão, explica Márlyson

Risco Brasil

Já o especialista em fundos de criptoativos da Empiricus, Gestão Marcello Cestari, disse ao BeInCrypto, que quando se é brasileiro, investir em Bitcoin é uma forma de “dolarizar” o patrimônio.

Segundo Cestari, O Brasil enfrenta incertezas políticas, fiscais e inflacionárias, além de um risco crescente para o real, que tem se desvalorizado frente ao dólar. Embora não se saiba exatamente o que acontecerá com o dólar, especialmente com a presidência de Trump e suas medidas econômicas, o foco principal é a desvalorização do real. O Bitcoin entra como uma alternativa interessante: ao investir nele, você está se expondo ao dólar e diversificando, reduzindo o risco Brasil.

Relação Dólar X Bitcoin

Porém, há uma correlação entre o DXY (índice que mede a força do dólar) e o Bitcoin. Quando o dólar se valoriza, o Bitcoin tende a cair, embora não seja uma regra rígida. Fatores como a inflação nos EUA e a política monetária também afetam o preço do Bitcoin, com possíveis correções devido à falta de liquidez, detalha o especialista da Empiricus.

Apesar dessa correlação, a relação entre dólar e Bitcoin não é direta ou previsível, e o mercado de criptos continua sendo uma alternativa de diversificação, independentemente dos movimentos do dólar. Assim, mesmo com variações no valor do dólar, o Bitcoin continua sendo uma classe de ativos alternativa que pode oferecer proteção contra o risco do Brasil., concluí Marcello Cestari.

Julian Colombo, Diretor Sênior de Políticas Públicas para a América do Sul da Bitso, lembrou que a recente queda no mercado de criptomoedas, incluindo o Bitcoin, pode ser explicada, na maioria, pelas estatísticas de emprego divulgadas pelo governo dos Estados Unidos.

Os números vieram mais fortes do que o esperado, o que gerou incertezas sobre a direção futura da política monetária do Federal Reserve (Fed). Um mercado de trabalho robusto pode levar a decisões mais rígidas por parte do Fed, o que impacta diretamente o apetite dos investidores por ativos de risco, como o Bitcoin.

Efeito Trump

Além disso, há uma grande expectativa em torno das primeiras decisões econômicas do presidente Donald Trump, que assume oficialmente em 20 de janeiro, ressalta Julian.

O mercado está monitorando atentamente sinais de políticas que possam influenciar na economia dos EUA e, consequentemente, no desempenho do Bitcoin. Qualquer medida que indique maior aceitação ou regulação positiva para as criptomoedas pode trazer um impulso ao mercado.

Colombo espera volatilidade nos próximos dias, com “o mercado reagindo rapidamente a novas informações, tanto macroeconômicas quanto políticas. No entanto, o longo prazo para o Bitcoin permanece promissor, especialmente se as instituições continuarem a adotar o ativo e houver avanços na clareza regulatória”.

Melhores plataformas de criptomoedas | Janeiro de 2025
Melhores plataformas de criptomoedas | Janeiro de 2025
Coinbase Coinbase Explorar
Margex Margex Explorar
BYDFi BYDFi Sem KYC
Chain GPT Chain GPT Explorar
Melhores plataformas de criptomoedas | Janeiro de 2025

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

Aline-Soares-BIC.jpg
Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
READ FULL BIO
Patrocinados
Patrocinados