As autoridades libertaram Virgil Griffith, ex-desenvolvedor da Ethereum Foundation e conhecido por sua atuação no Ethereum Name Service (ENS), sob liberdade condicional.
Autoridades dos EUA condenaram Griffith a 63 meses de prisão federal por violar sanções internacionais, após ele participar de uma apresentação técnica na Coreia do Norte em 2019.
Griffith foi libertado após reduzirem sua pena.
A apresentação intitulada “Blockchains for Peace” foi interpretada pelas autoridades como uma tentativa de prestar consultoria técnica para ajudar a Coreia do Norte a burlar sanções econômicas por meio do uso de criptomoedas e tecnologia de blockchain. Embora Virgil Griffith tenha se declarado culpado em 2021, um juiz federal reduziu sua pena para 56 meses em julho de 2024, o que permitiu sua libertação antecipada.
Sua libertação foi motivo de celebração no X por Brantly Millegan, uma figura chave no Ethereum Name Service (ENS).
Griffith ganhou destaque por suas contribuições à infraestrutura do Ethereum. Ele atuou no desenvolvimento do Ethereum Name Service (ENS), sistema que vincula nomes legíveis a endereços de blockchain e facilita a navegação na rede.
Ele integrou a Ethereum Foundation por volta de 2016 e concentrou seus esforços na descentralização de serviços e no aprimoramento das funcionalidades básicas do protocolo.
Entre inovação técnica e os limites legais da blockchain
Além de seu trabalho no Ethereum, Griffith tem um histórico técnico diversificado. Ele obteve um Ph.D. em sistemas computacionais e neurais do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Antes de se envolver com blockchain, ele desenvolveu ferramentas como o WikiScanner, um projeto para rastrear edições anônimas na Wikipedia.
Além disso, ele também colaborou na criação do Tor2web, uma ponte que permite o acesso a sites da rede Tor a partir de navegadores convencionais.
Seu caso foi um dos mais visíveis na interseção entre tecnologia blockchain e regulamentação internacional. Griffith cumpriu a maior parte da sentença e, em seguida, obteve a libertação. Então, sua saída da prisão encerra um episódio controverso que reacendeu o debate sobre os limites entre conhecimento técnico, soberania digital e política externa.
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