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EUA continuam a aumentar teto da dívida: o que isso significa para cripto?

3 Min.
Por Linh Bùi
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • EUA aumentam teto da dívida para mais de US$ 36,2 trilhões.
  • Confiança de curto prazo em ativos tradicionais pode suprimir Bitcoin.
  • Criptomoedas ganham apelo como proteção contra inflação.
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Em meio à volatilidade econômica global, os Estados Unidos (EUA) novamente elevaram seu teto da dívida para evitar um calote e garantir que as operações do governo continuem sem problemas.

O teto da dívida dos EUA é um limite legal sobre o quanto o governo federal pode tomar emprestado para cumprir suas obrigações financeiras, incluindo pagamentos de pensões, programas de assistência social como a Previdência Social e o Medicare, e juros sobre títulos do governo.

Aumento do teto da dívida dos EUA

Elevar o teto da dívida continua sendo um tema controverso, frequentemente gerando debates acalorados entre o Congresso e a Casa Branca. As negociações sobre gastos e orçamentos são tipicamente prolongadas e complexas.

Dívida dos EUA. Fonte: PGPF
Dívida dos EUA. Fonte: PGPF

De acordo com dados do Comitê Econômico Conjunto do Senado (JEC), a dívida nacional dos EUA ultrapassou US$ 36,2 trilhões em abril de 2025. Isso representa um aumento significativo em relação aos US$ 22 trilhões em março de 2019, destacando a rápida escalada da dívida nacional nos últimos anos.

Historicamente, elevar o teto da dívida não é incomum. Segundo a NPR, desde 1960, o Congresso agiu 78 vezes para aumentar, estender temporariamente ou revisar a definição do teto da dívida—49 vezes sob presidentes republicanos e 29 vezes sob presidentes democratas. Isso reflete a necessidade recorrente de ajustar o teto para manter a funcionalidade do governo, mas também levanta questões sobre a sustentabilidade a longo prazo da política fiscal dos EUA.

Sob a administração do presidente Donald Trump, políticas econômicas ousadas estão sendo implementadas, incluindo o uso de receitas tarifárias para pagar a dívida. Trump impôs uma tarifa de 125% sobre produtos chineses, levando a retaliações com tarifas de 84% da China sobre as importações dos EUA.

Consequentemente, o yuan chinês (CNY) atingiu uma baixa de 18 anos, com a taxa USD/CNY chegando a 7,394. A desvalorização do yuan intensifica as tensões comerciais e provoca efeitos em cadeia nos mercados de criptomoedas.

Impacto na cripto

O aumento do teto da dívida dos EUA tem implicações multifacetadas para o mercado de cripto, tanto no curto quanto no longo prazo.

Elevar o teto da dívida ajuda os EUA a evitar um calote, prevenindo uma potencial crise financeira global. Isso frequentemente tranquiliza os investidores, aumentando a confiança em mercados financeiros tradicionais como ações e títulos do Tesouro dos EUA. Como resultado, a demanda por ativos de refúgio como o Bitcoin—geralmente visto como uma proteção durante a incerteza econômica—pode diminuir.

Tendências históricas apoiam isso. Durante crises passadas do teto da dívida, como em 2021, os preços do Bitcoin dispararam à medida que os investidores temiam um calote dos EUA. No entanto, a pressão diminuiu uma vez que o teto foi elevado, levando alguns investidores a transferir capital de volta para ativos tradicionais. Isso pode criar pressão de queda nos preços do Bitcoin e de outras altcoins.

Além disso, um yuan mais fraco devido às políticas dos EUA pode direcionar capital da China para criptomoedas, potencialmente proporcionando um impulso positivo para o mercado.

Alta do teto da dívida nos EUA reacende debate sobre inflação e fortalece tese do Bitcoin como proteção

Continuar elevando o teto da dívida permite que o governo dos EUA tome mais empréstimos para financiar gastos, frequentemente levando a um aumento na impressão de dinheiro ou emissão de títulos do Tesouro. Esse processo expande a oferta monetária, alimentando a inflação e corroendo o valor do dólar americano.

Criptomoedas, particularmente o Bitcoin, são frequentemente consideradas um “hedge contra a inflação” devido à sua oferta fixa e natureza descentralizada. Investidores cada vez mais recorrem a ativos alternativos para preservar riqueza à medida que o dólar enfraquece. O Bitcoin, frequentemente chamado de “ouro digital”, provou sua resiliência durante instabilidades econômicas passadas.

O aumento do teto da dívida dos EUA tem um impacto complexo nas criptomoedas. No curto prazo, pode reduzir a demanda por ativos de refúgio como o Bitcoin à medida que a confiança nos mercados tradicionais cresce.

No entanto, a longo prazo, aumentos persistentes do teto da dívida podem impulsionar a inflação e enfraquecer o dólar, posicionando as criptomoedas como um hedge atraente e uma classe de ativos alternativa.

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Lucas Espindola
Lucas estudou na FMU e acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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