A edição 2022 do Ethereum SP começa nesta sexta-feira (10), com a participação de mais de 300 inscritos no hackathon 100% presencial e Com foco em construtores, desenvolvedores, Defi, Gaming e DAO.
A co-fundadora da Ethereum Brasil, Solange Gueiros e developer advocate conversou com o Be[In]Crypto às vésperas do evento e do aguardado The Merge.
Gueiros está organizando o hackathon na capital paulista e diz que o poder das redes descentralizadas pode ser novo desafio. A Mestre em Digital Currencies, trabalha com tecnologia há mais de 20 anos é desenvolvedora Blockchain com foco em Bitcoin, Ethereum e Smart Contracts e palestrante em conferências mundiais.
Solange Gueiros explica que os conteúdos têm que ser novos e serão checados por uma equipe especializada. O hackathon com mais de 40 projetos de launchpad inscritos concorrerão em uma maratona de 56 horas para criação de propostas blockchain e web3.
“Você até pode usar adicionar novas funcionalidades a um projeto existente, desde que esteja especificado o que já existia e o que o grupo desenvolveu”, ressalta.
As propostas também serão avaliadas pelo valor que darão a descentralização e adoção de Blockchain sendo que a usabilidade do projeto poderá ser, tanto para iniciantes quanto para pessoas experientes. Segundo a Ethereum Brasil também é preciso “daquele fator que te faz dizer “WOW”.!
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Para TODAS as trilhas, existe um requisito obrigatório que é o de estar alinhado com os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável SGDs da Organização das Nações Unidas – ONU que incluem Erradicação da Pobreza, Fome Zero, Agricultura Sustentável, Educação de Qualidade, Saúde, Energia Limpa e Acessível, Água Potável, Saneamento entre outros.
Gueiros que acumula participações e prêmios em hackathons pelo mundo, diz que o hackathon ficará aberto 24h e que os “desenvolvedores são pessoas focadas, requisito necessário para programação” ao ser questionada sobre a demanda por profissionais da Web3.0
Dedicada 100% ao evento, Solange tem uma função muito particular como developer advocate já que seu trabalho é viajar pelo mundo para ensinar desenvolvedores. A especialista também falou sobre as dificuldades para jovens que estão se formando em cursos tradicionais de TI e Engenharia da Computação para ingressar na Web3
“No passado era mais difícil, mas atualmente existem bons conteúdos online, gratuitos para aprender. Acompanhar os portais de notícia cripto, estudar conceitos, pesquisar casos de uso são algumas atividades para fazer a transição para web3 e na minha opinião, essa transição vale a pena com certeza!”
Sobre os desafios novos para os técnicos na Web3 que não existiam na Web2 Solange explica que “Quando falamos em redes de blockchain públicas, a imutabilidade do que é registrado e o poder das redes descentralizadas podem ser novos desafios.”
O Ethereum SP pretende ser uma porta de entrada para empresas web3 se conectarem e expandir a comunidade “builder” Ethereum Brasil.
The Merge do Ethereum
É um evento histórico para o Blockchain. A gente pode falar que vai marcar um ponto na história do blockchain com certeza.
“Eu acompanho o The Merge faz tempo. Desde 2020 quando foi criada a primeira base, quando começou a Beacon Chain. Fui para conferência da Ethereum Amsterdam e vi de perto como as coisas estão sendo resolvidas. Em 2020 estive em Stanford e já tinham discussões sobre isso. Eu estava em uma sala com alguns poucos desenvolvedores do ETH, incluindo o Vitalik. Estava aprendendo e estudando.”
A desenvolvedora ressalta que todos os envolvidos na Ethereum são muito responsáveis e “essa fusão será feita de uma maneira que não impacte o mercado, até porque eles (Ethereum) sabem muito bem a quantidade de aplicações e dinheiro que circula na rede Ethereum. Eu tenho certeza de que isso vai dar certo.”
Sobre as aplicações pós The Merge, Sol lembra que “as soluções serão mais escaláveis e o Ethereum terá mais condições de crescimento.”
Sobre preços, diz que a “questão de subir ou descer é um paradoxo, porque, por sobe, o custo para as transações fica mais caro, o que não é bom para as pessoas também. O Ether foi criado para ser combustível para smart contracts, então tem os dois lados. Pode ser bom para as aplicações como um todo valerem mais, mas pode não ser bom para enviar transações. Então eu sou muito neutra em relação ao que vai acontecer com o preço, porque o que me interessa é que vai aumentar a usabilidade da rede. É isso que faz a diferença, mas a ideia é que o custo diminua”, concluí Solange Gueiros.
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