A tão esperada “fusão” na rede Ethereum (ETH) não acontecerá em junho, de acordo com um desenvolvedor líder do projeto.
O desenvolvedor Tim Beiko atualizou as informações e a linha do tempo para a tão esperada “fusão” da rede, que passará com isso adotar integralmente o método prova de participação (PoS). Em um tuite publicado na quarta-feira (13), ele disse:
“Não será em junho, mas provavelmente nos próximos meses. Ainda não temos uma data definida, mas definitivamente estamos no capítulo final do PoW [prova de trabalho] no Ethereum.”
O último revés não é realmente uma surpresa, pois houve vários atrasos no roteiro de atualização do projeto. Os detratores do Ethereum foram ao Twitter para desabafar suas frustrações, ao qual Beiko respondeu:
“Não esperava que meus tuites de ontem causassem tal reação. Eu aprecio que pode ser difícil analisar o progresso no The Merge quando você não está no processo.”
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Ethereum se move para o consenso
A fusão é o próximo estágio no roteiro de atualização do Ethereum, quando a cadeia ETH 1.0 existente se funde, ou se acopla, com a cadeia ETH 2.0, conhecida como camada de consenso.”
Ele acrescentou que uma data só será definida “quando as equipes dos clientes estiverem confiantes de que as implementações de software foram completamente testadas e estão livres de bugs”.
Desenvolvedores e equipes de clientes têm testado a rede usando shadow forks, que são ambientes seguros para testes de estresse da mesclagem. O primeiro desses shadow forks foi lançado na última segunda-feira (11) e outro está planejado para 22 de abril.
Beiko disse que eles “revelaram problemas de implementação em clientes”, que as equipes estão corrigindo, e estão executando regularmente forks para testar as correções. Ele adicionou:
“Uma vez que os clientes funcionem sem problemas durante os shadow forks, as redes de teste Ethereum existentes (Ropsten, Goerli, etc.) serão executadas através da fusão”.
A fusão da rede principal só ocorrerá quando as testnets forem atualizadas com sucesso e permanecerem estáveis, segundo o desenvolvedor.
Atrasos na bomba de dificuldade
Beiko também mencionou a bomba de dificuldade do Ethereum, que se refere à crescente complexidade dos “quebra-cabeças” matemáticos no algoritmo de mineração de prova de trabalho. Ela começará a se tornar perceptível por volta de maio, disse ele, antes que adicionar blocos se torne “insuportavelmente lentos” em 1º de agosto.
Ele disse que a bomba de dificuldade precisaria ser adiada novamente se os desenvolvedores não acharem que podem implantar a mesclagem na rede principal antes que os tempos de bloqueio se tornem muito lentos.
Duas sugestões foram propostas com a primeira combinando o atraso da bomba com a atualização de fusão se as duas acontecerem dentro de algumas semanas. Se a fusão demorar muito, será necessário um atraso na bomba de dificuldade separado antes que isso aconteça.
No fechamento dessa matéria, os preços do ETH subiram 1,4% nas últimas 24 horas, com o ativo sendo negociado em US$ 3.114 após uma perda de 8% na semana passada.
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