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ETFs de Bitcoin impulsionam receita da Kraken

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A exchange de criptomoedas Kraken está ganhando bilhões em taxas de licença por meio da CF Benchmarks.
  • A CF Benchmarks administra benchmarks no mercado de ETFs de Bitcoin.
  • Em fevereiro, os fluxos de entrada ultrapassaram US$ 1,4 bilhão.
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A aquisição estratégica da CF Benchmarks pela Kraken em 2019 provou ser imensamente lucrativa em um mercado que está adotando cada vez mais os ETFs de Bitcoin.

Como o maior provedor de índices criptodo mundo, a CF Benchmarks desempenha um papel crucial como administradora autorizada de benchmarks no mercado de ETFs de Bitcoin. Essa posição permitiu que a Kraken capitalizasse a demanda por ETFs de Bitcoin, o que se traduziu em milhões em taxas de licenciamento.

Kraken prospera com ETFs

A plataforma de trading de criptomoedas Kraken está gerando milhões em taxas de licença de sua subsidiária, CF Benchmarks, adquirida em 2019. Embora a Kraken não tenha revelado o valor exato, a compra foi feita por uma quantia de nove dígitos.

Em 2022, por exemplo, o pesquisador pseudônimo Hide Not Slide previu o potencial de ganhos significativos da Kraken por meio da CF Benchmarks.

“A Kraken não tem a maior participação no mercado cripto, mas tem um ativo que eu acho que se tornará um grande gerador de dinheiro ao longo do tempo – CF Benchmarks. Ela é a fornecedora de índices para os produtos futuros de cripto da CME. Se os futuros de criptografia da CME continuarem crescendo, a Kraken terá um poder de mercado significativo”, escreveu ele.

Essa previsão se tornou realidade com a aprovação de 11 ETFs de Bitcoin à vista em de janeiro de 2024. O CEO da CF Benchmarks, Sui Chung, acredita que os novos ETFs foram um grande passo tanto para a classe de ativos quanto para sua empresa.

Os ETFs à vista foram um grande passo à frente para a classe de ativos e, por extensão, um grande marco para a CF Benchmarks como empresa, dado nosso papel como o principal fornecedor de índices para a classe de ativos. Isso permitiu que nós e nossa controladora, a Kraken, aumentássemos nossas ofertas para instituições que estão no espaço e que estão entrando nele”, disse Chung ao BeInCrypto.

ETFs de Bitcoin atraem investimentos

Chung revelou que os fluxos de entrada em fevereiro ultrapassaram US$ 1,4 bilhão, superando sua meta de receita de um ano em um mês. Os principais fundos emitidos pela BlackRock, Ark Invest e Franklin Templeton, entre outros, utilizam o índice BRR, solidificando a influência de mercado da CF Benchmarks.

“Quando fiz todas as contas, já era uma hora da manhã”, disse Chung, referindo-se aos números de fevereiro, quando os fluxos de entrada chegaram a US$ 1,4 bilhão. “Em um mês, os ETFs de Bitcoin atingiram minha meta de um ano, e o boom dos ETFs de Bitcoin estava apenas começando.”

De acordo com a DefiLlama, os investidores despejaram mais de US$ 57 bilhões em ETFs de Bitcoin. Isso permitiu que a CF Benchmarks ganhasse taxas de licenciamento substanciais. Embora a CF Benchmarks não divulgue seus ganhos, espera-se que continue gerando uma quantia significativa de dinheiro em um futuro próximo.

AUM de ETFs à vista
Total de AUM de ETFs. Fonte: DeFiLlama

Por exemplo, a S&P Dow Jones cobra dos clientes cerca de 3 pontos-base, ou 0,03%, sobre os ativos com base em seus índices S&P 500. Considerando que o ETF da State Street administra US$ 541 bilhões, a S&P ganha US$ 162 milhões em taxas com esse único fundo. Com os ETFs de Ethereum previstos para os próximos meses, a CF Benchmarks parece estar preparada para um forte crescimento.

A CF Benchmarks impõe regras rígidas para garantir que seus índices sejam confiáveis. As exchanges devem evitar fraudes e seguir verificações rigorosas de KYC e AML para serem listadas no índice. O BRR reúne dados de preços de várias plataformas, incluindo Kraken, Coinbase e Gemini, mas exclui a Binance devido a questões regulatórias.

Esse compromisso com a transparência e a confiabilidade reforça a forte reputação da CF Benchmarks e da Kraken no mercado cripto.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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