Um dos principais pré-candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos acusou a BlackRock de fazer parte do “cartel mais poderoso da história da humanidade”.
O comentário foi feito por Vivek Ramaswamy na Fundação Richard Nixon, no domingo (20). Em seguida, sua fala viralizou na internet. O candidato azarão, que no momento se aproxima do vice-governador da Flórida, Ron DeSantis, nas pesquisas, é um crítico vocal dos padrões ambientais, sociais e de governança (ESG) nas empresas americanas.
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Vivek Ramaswamy ainda é um distante terceiro lugar
Apesar da controvérsia, Ramaswamy ainda está em um distante terceiro lugar, com apenas 9% nas pesquisas. Ele ainda está muito atrás, por exemplo, do ex-presidente Donald Trump, que lidera com mais de 50%.
O ataque à BlackRock é um dos mais vociferantes dos últimos meses. Além disso, ele surge em um momento crítico para a empresa, que busca a aprovação de um ETF spot de Bitcoin na Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC).
O produto corre para ser o primeiro ETF de Bitcoin do país. A gestora de ativos, por sua vez, liderou a onda recente de inscrições, enviadas no dia 16 de junho. Concorrentes como Invesco, WisdomTree, ARK Invest e Valkyrie, ingressaram em seguida.
No Twitter (X), Ramaswamy destacou a BlackRock, a State Street e a Vanguard como as “Três Grandes” empresas de investimento. Ele afirmou:
“BlackRock, State Street e Vanguard representam o cartel mais poderoso da história: eles são os maiores acionistas de quase todas as grandes empresas de capital aberto (até mesmo um do outro) e usam seu próprio dinheiro para impingir agendas ESG a corporações e conselhos – votando em ‘auditorias de equidade racial’ e ‘limites de emissões de escopo 3’ que não promovem seus melhores interesses financeiros. Isso levanta sérias preocupações fiduciárias, antitruste e de conflito de interesses. Como presidente, cortarei a mão real que guia o movimento ESG – não a mão invisível do livre mercado, mas o punho invisível do próprio governo”.
BlackRock quer fugir do rótulo ESG
O que está em jogo é “nossa própria soberania”, disse Ramaswamy durante o discurso, chamando-a de “visão monárquica”.
“Nós, o povo, não podemos confiar nessas questões. Portanto, líderes empresariais, líderes governamentais, líderes governamentais e instituições de três letras precisam trabalhar juntos, dissolvendo as fronteiras do setor público e privado”, acrescentou.
A BlackRock se esforça para se reinventar como líder do movimento ESG desde 2017. Os defensores do ESG querem encorajar as empresas a fazer coisas boas para o meio ambiente, a sociedade e sua própria gestão.
No entanto, seus críticos acreditam que ele impinge uma agenda política às empresas que deveriam cuidar de seus próprios interesses. E, em teoria, os de seus acionistas, que não obtêm retornos máximos por meio de investimentos ESG.
Desde então, a BlackRock procurou se distanciar um pouco do movimento. Ou pelo menos para evitar ser manchado com sua terminologia. Em junho, o CEO Larry Fink disse que parou de usar o termo ESG nos últimos meses por que ele seria “carregado”.
Relatórios recentes sugerem que, apesar dos ataques cruéis, a BlackRock pode ter pouco com o que se preocupar. Pelo menos quando se trata de seu ETF de Bitcoin.
Segundo o CEO da Galaxy Digital, Mike Novogratz, varias fontes teriam confirmado que a aprovação é uma questão de “quando, não se”. A Galaxy Digital fez parceria com a Invesco em seu próprio pedido para um ETF de Bitcoin.
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