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Entrevista Exclusiva Com os Fundadores da Brasil Bitcoin, Erick Crus e Marco Castellari

4 mins
Atualizado por Caio Nascimento
Erick Crus e Marco Vinicius Castellari, sócios da Brasil Bitcoin, concedem uma entrevista exclusiva ao BeInCrypto Brasil. Confira a opinião dos entrevistados a respeito do Bitcoin como ativo de proteção, regulação do mercado de criptomoedas e outros temas relevantes ao universo cripto.
Erick e Marco Vinicius são os sócios fundadores da Exchange Brasil Bitcoin. Como o seu maior destaque a Brasil Bitcoin possui o desenvolvimento próprio da plataforma. De acordo com os criadores, a plataforma permite um fluxo de serviços automatizado e enxuto, o que diminui os custos da sua atividade. Durante a entrevista, os jovens empresários falaram sobre diversos assuntos, com foco no Bitcoin e no cenário regulatório brasileiro. Confira!

Cautela Com Criptomoedas Como Ativo Refúgio

Segundo a opinião dos entrevistados, há que se ter cautela na utilização do Bitcoin como ativo de proteção. Erick considera que o Bitcoin serve como refúgio apenas no longo prazo:
Nesse momento, não. No longo prazo, com certeza. Não tem adoção nacional. Ter bitcoin agora é como ter ação da bolsa. Adoção em larga escala vai favorecer a utilização do Bitcoin como ativo de proteção.
Na opinião de Marco Vinicius, por sua vez, as criptomoedas ainda são ativos imaturos para performar esse papel, devido à alta volatividade dos preços.

Injeção de Liquidez e o Bitcoin

Recentemente, os Bancos Centrais – incluindo o BACEN – têm realizado operações de injeção de liquidez na economia de diversos países. Na opinião de Marco Vinicius, isso gera efeitos negativos para a economia:
As consequências serão desastrosas. Haverá um problema grande com a junção da liquidez e da crise pela qual estamos passando.
Para Erick, é difícil mensurar o impacto da injeção de liquidez, pois não se sabe exatamente o que está sendo feito com o dinheiro. Relativamente aos efeitos da injeção de liquidez para o mercado de Bitcoin, Marco Vinícius ponderou:
Existem camadas de efeitos. O Bitcoin caminha junto à saúde econômica como um todo. No caso de uma  recessão econômica, será prejudicial para todos, pois as pessoas têm outras prioridades em mente neste momento. Porém, já houve um período bom da economia no qual as pessoas aderiram ao uso de criptomoedas e aprenderam mais sobre o tema.
Erick, por sua vez, crê que o efeito da crise é ruim para quem investe em Bitcoin. Neste momento, segundo ele, as pessoas estão querendo liquidar as suas posições para pagar as próprias contas.

Brasil Bitcoin e o Mercado

Sobre o movimento volátil do mercado de Bitcoin no mês de março e a crise do coronavírus, Marco considera o seguinte:
Esse tipo de movimento não influencia na rotina da empresas. A Brasil Bitcoin é diferente porque a plataforma foi criada pelos próprios sócios.  No começo, fazíamos tudo. Por isso, criamos um sistema onde tudo o que era possível ser automatizado, o é. A empresa é muito enxuta, com custo fixo mensal mais baixo.
Para Erick, a crise não afetou a empresa de maneira profunda:
Os saques não representam problema. O volume caiu, mas isso ocorreu para todo o mundo. Não houve corte de funcionários e o pessoal está trabalhando em home office.

Sistema PIX Ajuda Se For Bem Implementado

O BACEN anunciou a implementação do sistema de pagamentos instantâneos (PIX) para 2020. Na visão de Erick, o sistema pode auxiliar a Brasil Bitcoin:
Sistema é bom na teoria, mas ainda é preciso ter cuidado. Pode trazer alguns prejuízos. O sistema de pagamento rápido pode ocasionar muitas fraudes e chargeback, além de contas bancárias hackeadas. As Corretoras já aperfeiçoam os seus sistemas para tentar identificar esse tipo de fraude. Agora, os Bancos têm que dar garantias contra fraudes.
Para Marco Vinicius, o PIX pode facilitar a vida dos investidores, porém ainda é incerto:
O assunto ainda está muito mal explicado, nebuloso. A ideia é de grande valia para o mundo das criptomoedas, já que permite transações fora do expediente bancário. Clientes ainda pagam TED porque não tem contas digitais e a Exchange precisa manter contas em bancos por esse motivo.

Regulamentação é Necessária

Perguntado sobre a regulamentação das criptomoedas, Marco Vinicius crê que o movimento é necessário para as Exchanges:
O problema atual é que não tem a regulamentação. Regulamentação é necessária. Não há amparo legal para as Exchanges. Elas perdem todos os processos por falta de amparo jurídico. Assim, “qualquer” legislação é melhor do que nenhuma. As criptomoedas vão substituir todo o sistema bancário entre 15 a 25 anos. Estamos no caminho certo.
Para Erick, é possível que a regulamentação traga mais custos:
Querem transformar as criptomoedas num mercado comum. A regulamentação vai trazer custos maiores. A CVM e o BACEN são rígidos. Apesar de tudo, a população acredita no governo e, portanto, é bom que o assunto seja regulamentado. As pessoas ainda relacionam as criptomoedas ao crime organizado. Quando a adoção das criptomoedas se disseminar, os governos começarão a criar legislação sobre o tema.

Criptomoedas e o Conhecimento

Na parte final da conversa, Marco Vinicius fala sobre o investimento em Bitcoin para Iniciantes:
O investimento depende do perfil de cada pessoa. Para investir a longo prazo, ela deve ter o poder da chave privada, porque só assim só ela terá acesso aos fundos. As pessoas devem ter o controle sobre as criptomoedas e não devem se empolgar com as subidas. Tem que estudar para conseguir ser bem sucedido e nunca entrar em qualquer tipo de esquema ou fraude.
Erick Crus segue na mesma linha:
O conhecimento é essencial para qualquer área, incluindo essa. Algumas pessoas ainda acham que o Bitcoin é uma mina de dinheiro, com lucro fixo. É possível utilizar as ferramentas do mercado [stop-loss] para evitar grandes perdas ao investir no Bitcoin.

Mensagem Final

Erick Crus:
Gostaria de pedir calma para as pessoas. Fiquem em casa, se protejam da melhor maneira, comprem em mercados locais. Apenas unidos, sairemos mais fortes dessa situação [pandemia]
Marco Vinicius:
As criptomoedas são uma tecnologia bonita, mas ainda há muito a ser lapidado e provado. Daqui há uns 20 anos, tudo vai girar em torno delas. Tem que ser assim. Quem já tiver o conhecimento vai estar na frente.
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Nicolas Nogueira
Nicolas se formou em Direito pela Universidade Federal do Paraná e é pós-graduado em Gestão de Negócios Internacionais. Atualmente, cursa Jornalismo na FAPCOM. Escreve sobre economia, política e história há alguns anos. Em 2017, após entrar em contato com a tecnologia blockchain, se entusiasmou com o seu potencial e passou a estudar as aplicações da tecnologia aos diversos setores da economia. Seu foco está em discutir as melhores maneiras de alavancar o desenvolvimento nacional através...
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