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Nova tendência: empresas criam reservas cripto além do Bitcoin

3 Min.
Atualizado por Luís De Magalhães

Resumo

  • Veículos Públicos de Cripto (PCVs) ganham força enquanto empresas usam capital de mercado para comprar ativos cripto como BTC, ETH e SOL.
  • Especialistas veem alto potencial de lucro para investidores iniciais.
  • Crescimento do uso de alavancagem em PCVs pode gerar volatilidade.
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À medida que o mercado de criptomoedas atrai cada vez mais empresas e investidores institucionais, especialistas esperam que uma nova tendência ganhe força: veículos públicos de cripto (PCVs). Essas empresas listadas em bolsa utilizam capital captado nos mercados financeiros para adquirir e manter reservas de Bitcoin e outras criptomoedas — estratégia iniciada pela MicroStrategy em 2020.

No entanto, especialistas alertam que essa movimentação traz oportunidades expressivas, mas também riscos relevantes, sobretudo para investidores de varejo.

Além do Bitcoin: reservas de ETH e Solana crescem

Sob a liderança do CEO Michael Saylor, a MicroStrategy deu início à tendência dos PCVs ao acumular grandes volumes de Bitcoin em 2020. Atualmente, a companhia detém mais de US$ 63 bilhões em BTC, atuando como um ETF informal, oferecendo exposição ao ativo por meio de ações negociadas publicamente.

O sucesso da MicroStrategy motivou outras empresas a seguirem o mesmo caminho. Esses novos veículos públicos não se limitam mais ao Bitcoin e vêm diversificando suas aquisições com Ethereum (ETH), Solana (SOL) e outros criptoativos.

Em abril de 2025, por exemplo, a Janover — fintech da Flórida especializada em empréstimos imobiliários comerciais — adquiriu 44.158 SOL, elevando seu total para 83.084 unidades da altcoin. Da mesma forma, a Upexi, companhia voltada à produção e distribuição de bens de consumo, anunciou ter captado e investido quase US$ 100 milhões em Solana, apesar de não possuir histórico anterior no setor cripto.

Outro caso recente é o da SharpLink Gaming, que arrecadou quase meio bilhão de dólares para formar uma reserva estratégica de Ethereum.

Yano, cofundador da Blockworks, projeta que, nas próximas semanas ou meses, novos PCVs devem surgir com foco em ativos do top 50 do mercado.

“…agora, nas últimas semanas, estamos vendo PCVs para ETH e SOL. O que vai acontecer é que nas próximas semanas e meses veremos PCVs para ativos no top 50”, afirmou Yano.

Esse movimento reflete o aumento da demanda institucional por criptomoedas, intensificado após a aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista nos EUA em 2024.

Quais são as oportunidades ?

Os PCVs oferecem oportunidades consideráveis, especialmente para os primeiros investidores. Segundo Yano, quem participa desde o início tende a obter retornos expressivos, impulsionados pelo otimismo atual do mercado.

Por outro lado, ele alerta que ativos com menor capitalização, muitas vezes sem fundamentos sólidos como o Bitcoin, têm maiores chances de não prosperar.

Conforme a tendência se consolida, o modelo pode se tornar “insensato”, com empresas recorrendo ao uso de alavancagem financeira para se destacar. Embora essa prática possa gerar lucros no curto prazo, ela também eleva substancialmente os riscos em momentos de volatilidade.

“Mas, obviamente, o ativo #47 não é o mesmo que o BTC. Por tantas razões, a maioria desses (todos?) não terminará bem. E mesmo com BTC, ETH e SOL… esses também ficarão insensatos. Eles terão que se diferenciar. E a única maneira de realmente se diferenciar será com alavancagem. Isso começa bem. E os investidores que semeiam esses farão bom dinheiro (é quase impossível perder dinheiro nesses negócios agora)”, acrescentou Yano.

Johnny_TVL, chefe de DeFi na Base, também manifestou preocupação com os riscos da alavancagem nos PCVs. Já o investidor James Camp acredita que a estratégia pode inclusive desencadear um novo ciclo de baixa no mercado.

Apesar disso, alguns especialistas defendem que, para garantir sustentabilidade, os PCVs poderiam se associar a fundos especializados em cripto. Essas parcerias permitiriam comprar tokens com desconto, operar validadores, participar de staking e investir diretamente em projetos do ecossistema.

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Lucas Espindola
Lucas estudou na FMU e acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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