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Empresa brasileira usa blockchain pra detectar IA nas músicas

2 Min.
Atualizado por Luís De Magalhães

A empresa de tecnologia brasileira TuneTraders acaba de lançar uma solução de detecção de inteligência artificial voltado exclusivamente para o setor musical. O sistema é capaz de identificar com precisão a presença de IA em composições musicais, determinando inclusive quais obras foram usadas para treinar o modelo de IA e em que trecho da música essas influências foram inseridas.

Lastreada na blockchain, a solução surge em meio a um problema crescente e sem precedentes na indústria fonográfica: o crescimento exponencial da produção musical baseada exclusivamente em IA. Em abril deste ano, por exemplo, a plataforma Deezer revelou que recebe cerca de 20 mil músicas geradas por inteligência artificial por dia — número que acende um alerta no setor.

O funcionamento está apoiado em um protocolo que registra cada etapa de criação, compressão e execução das músicas. Segundo a empresa, o objetivo é oferecer rastreabilidade e auditoria em todas as fases da cadeia fonográfica.

A obra é executada e toda a cadeia, desde a execução da mesma, até o registro e pagamento daquele play, está registrada ali. E por que a blockchain? As pessoas, às vezes, têm dúvidas, mas é bem simples. Ela é uma tecnologia que funciona como um um registro eletrônico de transações, onde as informações são registradas entre si de forma segura, transparente e impossível de ser alterada sem o consenso da rede, que são os atores que aderiram àquele protocolo, neste caso, músicos, distribuidoras, gravadoras, entidades, etc, explica Carlos Gayotto, sócio da TuneTraders.

Tecnologia brasileira usa blockchain para identificar músicas produzidas por IA | Foto: Divulgação

O protocolo ainda permite aferir detalhes como melodia original, tipo de compressão do arquivo e histórico de criação, reunindo dados que podem ser consultados por gravadoras, distribuidoras, plataformas de streaming e órgãos reguladores. A empresa defende que esse nível de detalhamento favorece a distribuição justa de receitas e contribui para a preservação dos direitos autorais.

Meu sócio e eu começamos a estudar essa solução durante a pandemia, após resultados de pesquisas da Berklee Music com o MIT, e demos continuidade ao projeto que deu vida ao protocolo. Uma das grandes inovações que fizemos recentemente foi colocar dentro dele um identificador de inteligência artificial. Com mais de 75% de acurácia, o nosso detector consegue sinalizar se a música foi feita ou não com IA, se ela tem algum componente de uma obra anterior naquele machine learning, que é o aprendizado que a máquina obteve para criar uma nova obra. Isso faz com que, no médio e longo prazos, obras que foram utilizadas para fazer a máquina aprender e tirar suas conclusões para criar uma nova música possam ser devidamente remuneradas. E é uma tecnologia nossa, 100% brasileira, detalha Gayotto.

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Gabriel Gameiro
Formado em jornalismo pela PUC de São Paulo, Gabriel Gameiro é acumula 10 anos de experiência profissional. Ao longo de sua carreira, passou por diversas redações pelo país, tendo um portfólio robusto de coberturas e publicações de diferentes segmentos.
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