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Empresa anuncia 1ª  tokenização de recebíveis de cartões na Febraban Tech

2 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • A Núclea, empresa de soluções em dados e tecnologia vai lançar a 1ª tokenização de recebíveis de cartões.
  • Anúncio foi feito na Febraban Tech 2025.
  • Tokenização pode alcançar R$ 4,2 bi no Brasil em 2025.
  • promo

A Núclea, empresa de soluções em dados e tecnologia, vai lançar a 1ª tokenização de recebíveis de cartões. Ainda em fase de implementação, o lançamento está previsto para acontecer neste 3º trimestre.

Com uma projeção de US$ 16 trilhões até 2030, os Ativos do Mundo Real (RWA – Real World Assets, na sigla em inglês) já estão transformando diversos setores.

Para o CEO da Núclea, André Daré, o que não funcionava há 3 anos pode ser a solução ideal hoje.

“A evolução do blockchain está transformando o setor financeiro, tornando-o mais seguro, eficiente e acessível”, disse durante apresentação na Febraban Tech.

Mercado de recebíveis evolui no Brasil e blockchain reduz custos

Daré ressaltou que a tecnologia blockchain está reduzindo custos e tempo de resposta, gerando principalmente oportunidades para o setor financeiro.

Para se ter uma ideia dos custos em 2021, o valor médio de uma transação na rede Ethereum variava entre US$ 10 e US$ 40. Hoje, esse custo caiu para uma faixa entre US$ 0,30 e US$ 5 — uma redução entre 80% e 95%.

Na blockchain da Solana, por exemplo, em 2021 o custo médio era de US$ 0,01 e hoje é de US$ 0,001. Ou seja, nos últimos quatro anos, observou-se uma queda expressiva nos custos médios de transações.

Tokenização de URs de cartões

Com um crescimento de 11% no mercado de cartões de 2023 para 2024, a Núclea informou que a movimentação do setor no ano passado foi de R$ 4,1 trilhões. A média do volume antecipado no mercado de cartões foi de 30%.

Tokenizar as unidades de recebíveis (URs) vai garantir melhor custo, filtros e conciliação para Securitização Tokenizada, garantiu o CEO.

Há ainda a possibilidade de 2ª cessão (cessão da cessão) para o setor financeiro, voltado a bancos, tokenizadoras, estabelecimentos comerciais e investidores, finalizou Daré.

A Núclea, antiga CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos), é responsável pela primeira iniciativa de liquidação no mercado secundário fora da B3. O novo mercado está integrado aos sistemas da empresa com licenças da CVM de Balcão Organizado e Depositária Digital de ativos tokenizados, com foco no segmento de acesso (middle market).

Com isso, as transações se tornam mais baratas e automatizadas, permitindo IPOs e lançamentos de operações de menor valor.

Tokenização pode alcançar R$ 4,2 bi no Brasil em 2025

O volume de tokenização com a Resolução da CVM nº 88 aumentou 14 vezes em dois anos: de R$ 0,3 bilhão em 2023 para R$ 2,5 bilhões em 2024. Para 2025, a estimativa da Núclea é de R$ 4,2 bilhões.

Mas vale lembrar que, no Brasil, o arcabouço regulatório para distribuição pública de ativos tokenizados restringe o volume da operação a R$ 15 milhões.

Tokenização de duplicatas

Com cases consolidados, como o da tokenização de duplicatas — que já movimentou R$ 300 milhões na Núclea Chain —, o CEO anunciou hoje (11) a tokenização de URs de cartões.

A tokenização de duplicatas, por exemplo, já gerou uma economia de 40% nas captações primárias da empresa. Além disso, Daré explicou que a redução no custo da securitização, aliada à maior velocidade das operações, viabiliza o acesso de pessoas físicas a estruturas com retorno acima de 130% do CDI e investimento mínimo de R$ 100.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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