O X (anteriormente conhecido como Twitter) fez outra jogada para se tornar o chamado “aplicativo de tudo” esta semana, ao atualizar sua política de privacidade.
A política, que entra em vigor em 29 de setembro, dá permissão ao X para coletar informações detalhadas sobre o histórico de emprego dos usuários, formação educacional, atividade de procura de emprego, habilidades e até dados biométricos.
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Elon Musk, o bilionário nascido na África do Sul, finalizou a aquisição da empresa apenas em 27 de outubro do ano passado. Musk rebatizou a plataforma de mídia social para X em julho passado.
A Política de Privacidade do X recebe uma atualização significativa
O X afirma que usará esses dados para recomendar empregos em potencial aos usuários e compartilhar seus perfis com possíveis empregadores. Mais um passo no caminho para que o X se torne o “aplicativo de tudo” com que Musk sonha.
Além disso, o X diz que pode utilizar a ampla gama de informações que coleta, inclusive de fontes públicas, para treinar aprendizado de máquina e modelos de IA.
Embora outras grandes empresas de tecnologia como o Google também usem dados pessoais para o desenvolvimento de IA, os defensores da privacidade argumentam que os usuários deveriam ter mais controle sobre como suas informações são aplicadas para esses fins.
É preocupante que a política atualizada também revele que o X pretende reunir metadados relacionados às suas mensagens diretas criptografadas de ponta a ponta.
Os metadados da mensagem consistem em informações sobre uma comunicação, como remetente, destinatário, carimbo de data/hora e local. Alguma coleta de dados técnicos é muitas vezes inevitável para que os serviços de mensagens seguras funcionem corretamente.
No entanto, os usuários se beneficiariam se o X elaborasse os tipos específicos de metadados de mensagens que ele retém e para que serão usados.
De muitas maneiras, o X de Musk busca direitos de uso muito mais amplos para os dados do usuário do que o Twitter fez no passado. A coleta de mais detalhes pessoais permite que o X impulsione novas iniciativas, como correspondência de empregos e desenvolvimento de IA, indo além de apenas uma plataforma de mídia social para um serviço completo para comunicação, pesquisa, finanças e muito mais.
Os usuários poderão em breve enviar criptomoedas
No início desta semana, em 28 de agosto, Rhode Island aprovou o pedido do X para uma licença de transmissão de moeda. Esta licença é obrigatória para empresas que lidam com atividades financeiras relacionadas ao usuário, como transferências de dinheiro, incluindo ativos cripto.
No entanto, no início de agosto, Musk negou categoricamente que sua empresa de mídia social lançaria seu próprio token.
Os comentários vieram após um esquema de pump and dump do TwitterDAO, onde Musk rapidamente descartou a existência de quaisquer links para o projeto. O X não tinha planos de lançar uma criptomoeda “e nunca o faremos”, disse Musk em uma postagem do X.
O sonho de Musk de um aplicativo para tudo é fortemente influenciado pelo WeChat, uma popular plataforma de mídia social chinesa.
O aplicativo, pouco usado fora da China, é o quinto aplicativo social mais popular do mundo. Sua funcionalidade inclui mensagens pessoais, bate-papos em grupo, pagamentos e jogos.
Uma extensa gama de recursos que Musk parece querer imitar.
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