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Economista Que Previu Crise de 2008 Diz Que Vamos Viver uma Grande Depressão em 2020

3 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Nouriel Roubini disse que o mundo vai viver uma grande depressão
  • Desemprego, tensões entre EUA e China e desglobalização são algumas da tendências apontadas
  • Governos não aproveitaram a crise de 2008 para resolvver problemas estruturais
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Nouriel Roubini, economista que previu a crise financeira de 2008, disse que em 2020 nós vamos viver uma “grande depressão”.
No artigo publicado pelo site Market Watch, Roubini explica que a crise financeira que se iniciou em 2007 e perdurou até 2009 fez com que os desequilíbrios e riscos que permeiam a economia global fossem exacerbados por erros políticos. Os governos não aproveitaram a crise para abordar problemas estruturais que o colapso financeiro e a recessão revelaram, eles resolveram a situação criando grandes riscos negativos, que acabaram tornando outra grande crise inevitável. A situação vivida pelo mundo hoje fez esses riscos aumentaram. Ainda que a crise leve a uma recuperação em forma de U este ano, uma “Grande Depressão” em forma de L deve acontecer no final desta década. Roubini mostra as 10 tendências que evidenciam que essa década será difícil.

1. Aumento da inadimplência e endividamento

A resposta política à crise do coronavírus vai aumentar os déficits fiscais dos países em algo em torno de 10% do PIB ou mais. Vários países já possuem um nível de dívida pública muito altos ou até insustentáveis. As inúmeras famílias e empresas que estão perdendo sua renda podem gerar uma inadimplência em massa.

2. Problemas demográficos

O coronavírus nos mostrou a importância de destinar mais verbas aos sistemas de saúde. Que, em sua maioria, não foram suficientes para atender a população dos países. Além disso, a maior parte dos países desenvolvidos têm problemas demográficos, a população de idosos que requer mais assistência médica e de seguridade social está crescendo em relação à população economicamente ativa.

3. Deflação

A crise do coronavírus, além de causar uma profunda recessão, também está criando uma “folga” na produção de bens e aumentando o desemprego. O colapso dos preços das commodities, que viram sua demanda diminuir, são o prato cheio para a deflação da dívida e risco de insolvência.

4. Política monetária

As políticas monetárias adotadas pelos governos se tornarão ainda mais não convencionais e de longo alcance. Ou seja, no curto prazo, os governos vão executar déficits fiscais para evitar a depressão e a deflação. Porém, com o tempo, os permanentes da oferta negativa da ‘desglobalização’ acelerada e do protecionismo renovado tornarão a estagflação praticamente inevitável.

5. Crise no emprego

Milhões de pessoas estão perdendo seus empregos ou tendo suas rendas reduzidas, isso vai aumentar as diferenças de renda e riqueza. Muitas empresas abandonarão suas fábricas em regiões de baixo custo e retornarão para seus mercados domésticos. Isso não ajudará os trabalhadores dessa região, ao contrário, essa tendência acelerará o ritmo da automação e poderá aumentar o populismo, nacionalismo e xenofobia.

6. Desglobalização

A crise está fazendo com que países adotem políticas mais protecionistas para proteger empresas e trabalhadores domésticos das rupturas globais. O mundo pós pandemia pode ser marcado por restrições mais rígidas ao movimento de bens, serviços, capital, trabalho, tecnologia, dados e informações.

7. Restrições de comércio e imigração

Líderes se beneficiarão da fraqueza econômica, desemprego em massa e a crescente desigualdade para achar um bode expiatório de estrangeiros e de comércio para culpar pela crise. Isso vai afetar diretamente as políticas de imigração e comércio.

8. Tensões entre EUA e China

O governo Trump está se esforçando para culpas a China pela pandemia, em contrapartida, Xi Jinping dobrará sua alegação de que os EUA estão conspirando para impedir a ascensão pacífica da China. Podemos esperar uma intensificação na dissociação dos países no comércio, tecnologia, investimento, dados e acordos monetários.

9. Distanciamento dos demais países

A tensão entre EUA e China servirá para preparar o terreno para uma nova guerra fria entre os EUA e seus rivais, o Irã, Rússia, China e Coreia do Norte.

10. Novas pandemias

Roubini acredita que as epidemias recorrentes são, como as mudanças climáticas, desastres causados ​​pelo homem, nascidos de maus padrões sanitários e de saúde e abuso de recursos naturais. Por isso ele diz que as pandemias e os muitos sintomas mórbidos das mudanças climáticas se tornarão mais frequentes, severos e onerosos nos próximos anos. Para manter-se informado, tendo a sua disposição conteúdo constante e de qualidade, não deixe de acompanhar nosso site. Aproveite e faça parte da nossa página de criptomoedas no Twitter.
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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras...
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