De acordo com a Autoridade Reguladora de Ativos Virtuais de Dubai (VARA), todas as operações envolvendo a Monero (XRM), Zcash (ZEC) e demais criptomoedas de privacidade estão proibidas na região.
O regulador financeiro do famoso emirado publicou novas regras que visam transformar Dubai em um “centro internacional de ativos virtuais”. Entre elas, está a proibição do uso de XRM, ZEC ou qualquer outra criptomoeda capaz de ofuscar as transações de seus usuários na blockchain – popularmente chamadas de Privacy Coins (moedas de privacidade).
Segundo o órgão, o uso desses ativos vai contra as diretrizes que usuários e empresas que desejam atuar neste setor precisam seguir, como obrigações contra lavagem de dinheiro, informações privilegiadas e uso desses ativos em atividades criminosas.
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Restrição não atinge o preço
As restrições são vistas como um mau sinal para as criptomoedas deste tipo, especialmente pelo poderio de Dubai, considerado um dos grandes centros financeiros do mundo. No entanto, as restrições não têm impactado negativamente o preço destes ativos até o momento.
No fechamento da matéria, XMR e ZEC acumulavam quedas de 0,5% 1,9% no dia, respectivamente. Apesar de estarem em baixa, ambas estão com números condizentes com o resto do mercado. Bitcoin e Ethereum, por exemplo, operam com quedas semelhantes, de acordo com o CoinGecko.
Esta não é a primeira vez que ambas as criptomoedas sofrem restrições. Em 2018, as moedas de privacidade foram proibidas no Japão após as autoridades legais manifestarem preocupações de que elas fossem usadas por criminosos.
Já em 2022, a Huobi deslistou a XRM, ZEC e outras cinco criptomoedas desta categoria. Como justificativa, a exchange disse que elas não estavam em conformidade com os regulamentos financeiros mais recentes”.
Dubai como centro cripto
Apesar das medidas tomadas contra a Monero e Zcash, Dubai tem se mostrado aberto ao mundo cripto. Nos últimos meses, a VARA concedeu licenças provisórias para a Crypto.com e Binance – com o CEO da exchange, Changpeng Zhao, estabelecendo residência no emirado.
Além disso, a Emirates Airline manifestou interesse em utilizar a tecnologia blockchain no rastreamento de suas aeronaves. A companhia aérea ainda considera aceitar pagamentos em Bitcoin (BTC).
Agora, com as novas diretrizes impostas pelo regulador local, é possível que mais empresas estabelecidas na região comessem a explorar alternativas relacionadas ao mundo cripto.
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