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Drex: piloto do BC entra em nova fase

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Nova fase do piloto Drex do BC incluí contratos inteligentes gerenciados por terceiros.
  • Microsoft ZKP é a única nova solução de privacidade a entrar na fase 2.
  • No terceiro trimestre de 2024, novas entidades poderão candidatar-se para participar do Piloto Drex.
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O Banco Central (BC) anunciou a próxima fase do Projeto Piloto Drex, que visa aprimorar a infraestrutura da moeda digital brasileira. Essa etapa incluirá novas funcionalidades e testes que promoverão a evolução da plataforma. O foco será na implementação de contratos inteligentes (smart contracts) gerenciados por terceiros.

As soluções de privacidade testadas até agora não atingiram a maturidade necessária para atender a todos os requisitos legais de preservação da privacidade dos cidadãos, conforme o BC.

Por isso, nesta nova fase, será fundamental avaliar diferentes casos de uso, garantindo a conformidade com as exigências de privacidade da legislação vigente.

A infraestrutura baseada em Tecnologia de Registro Distribuído (DLT) será ampliada. O objetivo é permitir que os participantes criem e gerenciem seus próprios serviços e modelos de negócios, indo além dos serviços fornecidos pelo BC.

Essa mudança proporcionará um ambiente mais dinâmico e inovador, possibilitando assim a inclusão de ativos não regulados pelo BC no ambiente de testes.

CVM acompanhará de perto desenvolvimento do Drex

Para assegurar a conformidade e a integridade dos testes, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai acompanhar de perto o desenvolvimento do ecossistema Drex.

Nas próximas semanas, o BC abrirá um período para que os atuais participantes do Piloto submetam propostas de novos casos de uso. A expectativa é que eles sejam testados a partir de julho.

A fase atual em desenvolvimento do Drex hoje incluí testes com transferência de Real Digital (Drex atacado), transferência de Real Tokenizado (Drex varejo), compra e venda de Título Público com Drex de atacado e de varejo, detalhou Clarissa Souza, gerente de TI do Piloto, durante apresentação da nova fase.

No terceiro trimestre de 2024, novas entidades poderão candidatar-se para participar do Piloto Drex. Isso significa que já existe uma expectativa de testar a implementação de contratos inteligentes até o fim do primeiro semestre de 2025.

Essa segunda fase do Piloto Drex representa um passo significativo rumo à maturidade e à robustez da infraestrutura da moeda digital brasileira, isso porque o projeto do BC tem principalmente potencial para transformar o cenário financeiro e tecnológico do país.

Microsoft ZKP é a única nova solução de privacidade a entrar na fase 2

A solução de privacidade desenvolvida pela equipe da Microsoft foi a única nova a entrar na fase dois. Conforme um dos envolvidos da big tech no piloto, João Aragão, o Banco Central abriu uma exceção, porque viu o potencial na solução.

Aragão explica que agora o BC precisa avaliar tudo antes de disponibilizar para os 16 participantes. Mas vale ressaltar que foi a única nova solução que entrou e em breve deve estar no roadmap oficial.

“A Microsoft ZKP Nova (open source) é um tipo de sistema de prova criptográfica baseado em Zero-Knowledge, onde nenhuma informação adicional, além da validade da declaração, é revelada. O verificador pode confirmar a veracidade da afirmação, mas não obtém nenhum conhecimento adicional sobre os detalhes específicos da afirmação”, detalhou Aragão ao BeInCrypto.

fonte: Banco Central do Brasil

É sucinto: as provas são projetadas para serem pequenas e requerem recursos computacionais mínimos para serem verificadas, ressalta o executivo.

Além disso, não é interativo: o provador pode enviar a prova ao verificador sem qualquer comunicação ou troca de informações adicionais. Isso torna o sistema de provas mais eficiente e prático, concluí o executivo, especialista em tecnologias de serviços financeiros na Microsoft, João Aragão.

Players comentam nova fase do Piloto Drex

Para André Carneiro, CEO da BBChain, a segunda fase do DREX permitirá que os participantes se concentrem em contextos de negócios específicos. Trazendo assim, casos alinhados às suas especialidades dentro do ecossistema DREX e expandindo a rede tanto em número de casos quanto de participantes.

“Esta fase representa uma excelente oportunidade para aqueles que, embora já estivessem no piloto, não tinham títulos públicos como seu foco principal. Agora, podem propor novos negócios, engajar-se em desenvolvimentos dentro de seus próprios contextos, além de abrir a possibilidade para que novos participantes entrem em breve.”

Carneiro também destacou como ponto relevante desta fase, o aprofundamento dos testes de privacidade, pois eles são essenciais para garantir a maturidade das soluções tecnológicas que sustentarão a economia digital do futuro.

O diretor de Marketing da Hathor Network, que tem projeto dentro do Sandbox da CVM, Diego Guareschi, afirmou ao BeInCrypto que a participação de órgãos reguladores como a CVM é fundamental nesta fase de testes.

“Pois, ela garante que os ativos não regulamentados pelo Banco Central sejam movimentados com segurança e conforme as regulamentações existentes, protegendo assim os investidores e usuários da nova moeda digital.”

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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