Banco Central do Brasil (BC) revela que o real digital (Central Bank Digital Currency) deixará tecnologia descentralizada (DLT) para adotar infraestrutura própria. O objetivo é ter maior controle e eficiência, segundo a autoridade monetária. A revelação foi feita durante o Blockchain Rio 2025 por Clarissa Souza, auditora do BC envolvida no Drex.
Drex pode chegar à população em 2026 sem DLT
O Drex, plataforma da moeda digital brasileira do Banco Central (BC), passará por uma mudança significativa em sua próxima fase de desenvolvimento, prevista para 2026.
De acordo com informações reveladas por Souza durante o Blockchain Rio 2025, a moeda digital deixará de utilizar a tecnologia blockchain para adotar uma infraestrutura própria, visando maior controle e eficiência nas transações.
A decisão de abandonar a blockchain, que é descentralizada e baseada em registros públicos, reflete a busca por uma solução mais alinhada às necessidades do sistema financeiro nacional, conforme Clarissa. A nova infraestrutura permitirá ao Banco Central ter maior supervisão e controle sobre as operações realizadas com o Drex, além de possibilitar ajustes mais rápidos e eficientes.
O Drex nasceu do projeto de inovação do LiftLab em 2021, para modernizar o sistema financeiro brasileiro e facilitar transações digitais. A mudança para uma infraestrutura própria é vista como um passo estratégico para garantir a segurança, a estabilidade e a eficiência da moeda digital nacional.
A expectativa é que a nova fase do Drex seja implementada de forma gradual, com testes e ajustes ao longo de 2026, para garantir uma transição suave e segura para os usuários e para o sistema financeiro.
Essa mudança representa um avanço significativo na evolução das moedas digitais emitidas por bancos centrais, refletindo a adaptação às necessidades e desafios do ambiente financeiro atual.
Ainda não está claro quando o BC dará início a 3ª fase do projeto-piloto. Aliás, o relatório da segunda fase, concluída no mês passado, deve ser conhecido até outubro.
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