O lançamento do Drex, o real digital desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, promete transformar o cenário do comércio eletrônico e impulsionar seu crescimento nos próximos anos.
De acordo com projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor deverá alcançar um faturamento de R$ 234,9 bilhões em 2025. Além disso, as novas possibilidades trazidas pela moeda digital impulsionarão o crescimento e vão ampliar as opções de pagamento online.
O Drex permitirá transações mais rápidas, seguras e acessíveis, conectando ainda mais brasileiros ao mercado digital. Nesse sentido, esse movimento acompanha uma tendência de inclusão financeira, especialmente entre a classe C, que já é destaque no volume de compras online. Portanto, a ABComm aponta que a democratização do acesso a tecnologias de pagamento é essencial para o avanço do setor.
Resultados de 2024 pavimentam a expansão
Em 2024, o comércio eletrônico no Brasil registrou um faturamento de R$ 204,3 bilhões, um crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior. Nesse período, 414,9 milhões de pedidos foram realizados, com ticket médio de R$ 492,40, e o número de consumidores digitais chegou a 91,3 milhões.
Entre os compradores, as mulheres lideram as transações, enquanto o Sudeste se consolidou como a região mais ativa, com São Paulo no topo das vendas.
A transformação digital é irreversível. O e-commerce segue evoluindo com inovação, novas tecnologias e uma experiência de compra cada vez mais personalizada. O crescimento consistente do setor fortalece o varejo como um todo e amplia as oportunidades para pequenos e grandes negócios, diz Mauricio Salvador, presidente da ABComm.
Quando o Drex vai sair do papel?
O Drex pode ser lançado ainda em 2025 após a conclusão dos testes em andamento. Atualmente, o projeto está na fase piloto e envolve instituições financeiras que garantem a privacidade dos usuários.
Emitido pelo Banco Central, a ideia é fazer o Drex ter o mesmo valor do real. Intermediários financeiros, como bancos, vão acessar e transferir os valores para as carteiras digitais.
A tecnologia por trás do Drex usa a tokenização do real em uma rede DLT, similar a blockchain, permitindo transações seguras e a criação de contratos inteligentes.
De acordo com o BC,o objetivo é democratizar o acesso a serviços financeiros mais complexos, como investimentos e crédito. A instituição entende que isso vai oferecer maior rastreabilidade para combater atividades ilícitas.
Fabio Araujo, coordenador do projeto piloto do Drex no Banco Central, já declarou que acredita que o sistema tokenizado substituirá o atual Sistema de Transferência de Reservas (STR). Ele vê isso como uma transformação para o sistema financeiro nacional. Araujo acredita que essa mudança trará uma nova infraestrutura tecnológica.
Todas as transações seriam feitas dentro deste ambiente. À medida que esta tecnologia avança, todos os negócios seriam feitos nela. Espero que demore, porque a migração da internet para blockchain é algo custoso, disse Araujo.
A declaração foi dada ao BeInCrypto em novembro do ano passado durante o evento Criptorama 2024, organizado pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto).
Em outra oportunidade, durante o Fórum Ativos Digitais, Araujo disse que Drex vai além de ser apenas uma moeda digital. Além disso, segundo ele, há um potencial de substituir todo o sistema financeiro do Brasil.
Isenção de responsabilidade
Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.