O brasileiro parece ter abraçado as stablecoins como forma de dolarizar o patrimônio de forma simples. Segundo a Receita Federal, as diferentes versões de dólar tokenizado já respondem por quase um terço das criptomoedas declaradas no país.
Brasileiros declararam mais de R$ 110 bilhões em criptomoedas apenas no primeiro semestre de 2021. O valor é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado e inclui R$ 32,92 bilhões em dólar tokenizado – ou seja, quase um terço.
Segundo informe da Receita, foram recebidas declarações de exatos R$ 110.091.174.000 em criptomoedas entre janeiro e junho de 2021. O valor é 2,8 vezes maior do que os R$ 39.429.391.000 declarados no mesmo período de 2020.
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O mês mais movimentado deste ano foi maio, que registrou sozinho mais de R$ 24,7 bilhões em criptoativos declarados. A maioria do valor declarado, de R$ 40,6 bilhões, foi referente a Bitcoin.
Logo em seguida aparecem declarações das stablecoins BUSD, DAI, PAX, TUSD, USDC e USDC, todas pareadas à moeda americana. O volume de declarações de stablecoins atreladas ao preço do dólar cresceu de forma expressiva em um mês: um salto de 30% dos R$ 25,2 bilhões de maio para os R$ 32,9 bilhões de junho.
CHZ ultrapassa XRP
Já em relação a criptomoedas comuns, a segunda mais declarada foi também a segunda maior do mundo, a Ethereum. Brasileiros informaram à Receita ganhos de R$ 10,24 bilhões em operações com ETH.
Na sequência vem a Chiliz (CHZ), moeda usada como taxa na blockchain da maioria dos fan tokens, que respondeu por R$ 5,71 bilhões em ganhos de capital entre janeiro e junho de 2021. Logo atrás aparece a Ripple (XRP), com R$ 5,47 bilhões declarados à Receita.
XRP e CHZ, vale lembrar, já haviam sido destaque no levantamento que ia até o mês de maio, só que em posições invertidas.
Os valores são referentes à declaração de ganhos de capital com criptomoedas, que deve ser realizado mensalmente, conforme previsto na Instrução Normativa 1.888 da Receita Federal. Os montantes, portanto, não são os mesmos que aparecem Declaração de Imposto de Renda anual.
Os registros da Receita envolvem declarações de pessoas físicas e jurídicas, e distinguem operações realizadas em exchanges nacionais, que são a maioria, além de corretoras estrangeiras ou sem o intermédio delas, como ocorre na compra via P2P ou entre pessoas físicas.
Número de investidores despenca
Até junho, segundo a RFB, os investidores de criptomoedas brasileiros eram compostos por 353.695 CPFs e 4.340 CNPJs. Os números são substancialmente menores do registrados em maio, quando 594.880 pessoas físicas e 7.306 jurídicas declararam ganhos de capital com criptoativos.
A quantidade de interessados em cripto voltou para níveis de janeiro de 2021, acompanhando o movimento de preço do Bitcoin, que também retornou, em junho, para a faixa de US$ 30.000 vista no começo do ano.
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