Dólar fecha o último pregão em alta, mas acumula recuo na semana. Enquanto isso, Ibovespa e Bitcoin (BTC) acompanham quedas de mercados financeiros impulsionadas pelo novo plano de taxação do governo dos Estados Unidos.
O dólar iniciou a semana em queda em meio a fatores externos e à valorização do real após a aprovação da Lei Orçamentária de 2021. A moeda americana fechou em leve alta no encerramento do último pregão desta sexta-feira (23).
Já o índice Ibovespa e o mercado de criptomoedas, mesmo com uma recuperação parcial na sexta, foram negativamente impactados pelas informações do plano de reforma tributária do presidente dos EUA, Joe Biden, que inclui aumento os impostos dos investidores que mais possuem capital.
O Bitcoin tem tido seus piores dias no mês. Após renovar a sua máxima histórica na semana passada, a criptomoeda chegou a cair abaixo dos US$ 50.000, algo que não acontecia há quase dois meses.
Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em dois meses
O dólar iniciou a semana em queda de 0,61%, sendo negociado em R$ 5,55 na venda. Foi o quinto pregão consecutivo de queda da moeda, algo que não acontecia desde maio do ano passado. Após uma leve alta de 0,005% na terça-feira (20), o dólar encerrou a quinta-feira (22) com uma queda de 1,73%, a maior porcentagem desde o fim de março. Com isso, sua cotação chegou a R$5,45.
A grande expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro poderia finalmente sancionar o texto da lei de Orçamento, aprovada na noite de quinta e sancionada nesta sexta.
Também entrou em cena a percepção mundial de que o Banco Central dos Estados Unidos (FED) irá manter sua política de estímulos econômicos foram determinantes para a forte desvalorização da moeda estadunidense.
Com a atual política monetária norte-americana, a demanda por investimentos mais arriscados, incluindo moedas emergentes como real, tende a aumentar, impulsionando a valorização desses ativos.
O dólar chegou a subir no encerramento do pregão, com valorização de 0,09% frente ao real. Ainda assim, a moeda americana fecha a semana cotada em R$5,46, valor mais baixo desde fevereiro.
Ibovespa
A bolsa de valores brasileira fechou a segunda-feira (19) em queda de 0,15%, a 120.934 pontos. Foi o primeiro fechamento negativo desde o dia 9 de abril. No dia seguinte, mais uma queda, dessa vez de 0,72%.
O movimento tem relação com o pessimismo de agentes do mercado em relação à aprovação no Congresso do projeto de lei que autoriza o governo a abrir um crédito extraordinário para ajudar a custear o combate à pandemia.
Após o feriado, O IBOV marcou mais uma queda, de 0,58% e, após cinco pregões seguidos, voltou a ficar abaixo dos 120 mil pontos, encerrando a quinta-feira (22) nos 119.371 pontos. O índice acompanhou as quedas em Wall Street na esteira do novo imposto sobre ganhos de capitais anunciado por Joe Biden.
Na sexta-feira (23), o Ibovespa conseguiu recuperar parcialmente suas perdas, fechando o dia com 120.530 pontos, valorização de 0,97%. Entretanto, o saldo total da semana foi de 0,48% negativos.
Bitcoin sofre as piores quedas no mês
A semana foi ruim para os investidores recentes de Bitcoin. Segundo o Coingecko, a criptomoeda acumula desvalorização de mais de 20% nos últimos sete dias. A maior queda ocorreu no último domingo, quando o preço do ativo chegou a perder mais de US$ 10.000.
A queda, no entanto, continuou ao longo da semana, com exceção da terça-feira (20), quando a criptomoeda conseguiu realizar um fechamento positivo. Já nesta sexta-feira (23), o BTC chegou a fazer uma mínima de aproximadamente US$ 47.400, pior marca desde o dia 6 de março.
As propostas de taxação do governo norte-americano podem estar por trás da grande queda do criptoativo. Para especialistas, o anúncio de Biden parece ter motivado realizações de lucros de investidores mais antigos com receio da possível taxação.
O movimento, no entanto, pode ter sido combinado com um fator de mercado. Um indicador que já tinha previsto grandes quedas do Bitcoin anteriormente já havia apontado que uma grande correção de preço estaria próxima.
No momento do fechamento da matéria, o Bitcoin voltou a se estabelecer acima dos US$ 50.000, saltando do suporte conforme esperado. No Brasil, o BTC é negociado, em média, a R$ 281 mil, segundo o Cointrader Monitor.
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