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Correlação da Dogecoin (DOGE) com ETH ameaça recuperação

3 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • Dogecoin cai para US$ 0,0096 em meio à incerteza do mercado e apresenta forte correlação com o desempenho do Ethereum.
  • O interesse aberto em DOGE atinge baixa, sinalizando vendas agressivas e dificultando uma possível recuperação de preço.
  • O preço da moeda meme pode cair para US$ 0,091 a menos que o ETH se recupere, podendo impulsionar o DOGE de volta para US$ 0,11.
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Diante da incerteza geral do mercado, o preço do (DOGE) diminuiu para US$ 0,0096 após ser negociado a US$ 0,12 há apenas dez dias. Essa queda pode estar relacionada ao desempenho do Ethereum (ETH), já que o ETH desempenhou um papel chave nas altas anteriores do Dogecoin.

Contudo, ao contrário de ocasiões anteriores, o Ethereum pode agora limitar as chances de recuperação do DOGE por conta própria. Esta análise on-chain explora os fatores por trás dessa mudança.

Ethereum participa da recuperação do Dogecoin

Segundo a IntoTheBlock, Dogecoin e Ethereum têm uma alta correlação de 0,92 em agosto, o que significa que o preço do DOGE está intimamente ligado aos movimentos do Ethereum. Como o Ethereum é a segunda maior criptomoeda, os detentores de DOGE devem monitorar seu desempenho, pois ele pode influenciar significativamente as tendências de preço do Dogecoin.

Para aqueles que não estão familiarizados, o coeficiente de correlação varia de -1 a +1. Um valor próximo de +1 indica uma forte relação, onde dois ativos cripto se movem sincronizados. Por outro lado, um coeficiente próximo de -1 sugere que os ativos raramente se movem na mesma direção.

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Recentemente, o BeInCrypto relatou como a alta do DOGE depende em grande parte do Bitcoin. No entanto, seu movimento de preço sólido com o ETH também pode ser uma condição para o próximo nível que o valor da criptomoeda atingirá.

Na data deste artigo, o Ethereum (ETH) está cotado a US$ 2.402, marcando uma queda de 37,46% nos últimos 90 dias. Se o ETH continuar com desempenho inferior, é provável que o Dogecoin (DOGE) siga o mesmo caminho.

Correlação do Dogecoin com Ethereum.
Correlação do Dogecoin com Ethereum. Fonte: IntoTheBlock

Outro fator que pode impedir a recuperação do DOGE é seu Open Interest (OI) no mercado de derivativos. O OI representa o total de contratos ativos. Em mercados voláteis, as altas cripto são frequentemente impulsionadas pelo aumento do OI ou pela pressão de compra à vista.

Uma diminuição no OI indica que os traders estão fechando posições e retirando dinheiro, enquanto um aumento indica compra agressiva. Para o Dogecoin, o OI caiu para US$ 1,25 bilhões, o mais baixo desde 18 de janeiro.

Open Interest do Dogecoin.
Open Interest do Dogecoin. Fonte: Santiment

Previsão de preço do DOGE

Em agosto, o Dogecoin formou um triângulo ascendente à medida que a moeda se movia de US$ 0,080 para US$ 0,11. Esse padrão técnico otimista deveria desencadear um valor mais alto para o DOGE.

Contudo, os ursos rejeitaram o movimento, como mostrado abaixo. Conforme essa análise, o DOGE pode encontrar dificuldades para se recuperar no curto prazo. Uma razão para isso é o Índice de Canal de Mercadoria (CCI), um indicador usado para identificar reversões de preço e força de tendência.

Análise Diária do Dogecoin.
Análise Diária do Dogecoin. Fonte: TradingView

Usando a diferença entre o preço atual e a média de preço histórica, uma leitura positiva indica que a força para se recuperar é sólida. Mas, no caso do Dogecoin, a leitura é negativa, sugerindo que a tendência em torno da moeda é baixista.

Enquanto isso permanecer assim, o preço do DOGE pode cair para seu nível de suporte em torno de US$ 0,091. No entanto, se o preço do Ethereum subir, a correlação entre os dois pode desencadear um salto no valor do DOGE, potencialmente empurrando-o de volta para US$ 0,11.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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