A história do mercado cripto do Brasil está prestes a migrar para o cinema. A Agência Nacional do Cinema (ANCINE) revelou, na quinta-feira (19), que há um documentário sobre o Faraó dos Bitcoins em produção.
O objetivo é contar o que está por trás de um dos mais famosos escândalos da indústria cripto no Brasil.
A ascensão e a queda do Faraó dos Bitcoins
Conforme a ANCINE, o filme sobre Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins, ainda não tem roteiro definido. Em suma, o objetivo do documentário é contar a história da sua carreira até sua prisão pela Polícia Federal, que ocorreu em 2021.
A produtora responsável pelo projeto é a carioca Morena Filmes, de Mariza Leão e Sergio Rezende. Ela é a criadora de outros filmes como, por exemplo, Meu Nome Não é Johnny e um documentário sobre Eike Batista.
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Além disso, ela já possui mais de 40 projetos em quase 50 anos de existência. Até o momento, tudo o que se sabe sobre o documentário é uma sinopse da proposta.
“Faraó é uma (sic) filme dramaticômico com muita ação sobre a história real do ex-garçom e ex-pastor Glaidson dos Santos e de sua esposa Mirelis, que juntos criaram a maior pirâmide financeira da história do Brasil, a G.A.S., que diziam estar atrelada ao Bitcoin, e que chegou a trezentos mil clientes e a movimentar R$38 Bilhões. Um ‘Lobo de Wall Street’ misturado com ‘Madoff’” brasileiro, com humor de ‘Fargo’ e personagens ‘Ozark’ que demonstra que se o brasileiro não existisse, teria que ser inventado”, diz.
A ANCINE liberou o projeto para captar um total de R$ 15 milhões para a criação do filme. Destes, R$ 3 milhões advém da lei do audiovisual e outros R$ 11,25 milhões, de editais da agência.
A Morena Filmes fez uma contrapartida de R$ 750 mil. O período de captação, aliás, acaba no dia 31 de dezembro de 2024.
Entenda o caso
O Faraó dos Bitcoins e sua esposa, a venezuelana Mirelis Zerpa, eram os proprietários da GAS Consultoria, em Cabo Frio (RJ). A empresa promovia supostos investimentos em criptomoedas como o Bitcon, com promessas irreais de lucros de 10% ao mês
Sua prisão ocorreu em 2021, como parte da operação Kryptos. Estima-se que o esquema lesou mais de 300 mil vítimas, com prejuízos superiores a R$ 10 bilhões. Além disso, os investidores até hoje não receberam seu dinheiro de volta.
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