As últimas pesquisas para o 2º turno da disputa presidencial na Argentina mostram a polarização dos eleitores em uma nação dividida.
O candidato de extrema-direita pró-cripto, Javier Milei tem 51,1% das intenções de voto, contra 48,8% do peronista Sérgio Massa, atual ministro da economia do país. O pleito já é considerado o mais disputado, tumultuado e inusitado da Argentina.
Argentina terá eleições no domingo
Durante o final de semana do 1º turno, o preço do Bitcoin atingiu o patamar mais alto em relação ao peso argentino. Superou 8,4 milhões de ARS por um BTC .
Com a economia destroçada, inflação e taxa de juros acima dos 100% a dolarização da economia é vista com bons olhos por boa parte da população.
E é justamente essa a proposta de Milei, que se apresenta como um salvador e é popular entre quase 40% da população em situação de pobreza.
O autodenominado anarco capitalista pró-Bitcoin quer o fim do banco central da Argentina, e defende a substituição do peso pelo dólar. Sobre a maior criptomoeda do mercado, ele afirma que “representa o retorno do dinheiro ao seu criador original, o setor privado”.
Massa também simpatiza com criptoativos e CBDCs
Já candidato do partido “Unión por la Patria”, Sergio Massa, não se interessou apenas por criptomoedas, mas também promoveu reuniões para entender como elas funcionam e possibilitar discussões encerradas antes de seu mandato.
Sua visão em relação ao universo cripto é positiva. Guiado pela curiosidade, mas também aconselhado pelo amigo Carlos Maslatón, um liberal claramente a favor das criptomoedas. Foi justamente ele quem aconselhou Massa a comprar seus primeiros ativos virtuais.
O candidato mencionou:
“Se tivéssemos livre circulação de criptomoedas, mas dentro do regime jurídico e tributário argentino, não haveria problemas porque as reservas não seriam afetadas. É um processo social que está acontecendo e onde a blockchain serve para o processo de modernização do Estado.”
Paralelamente ao referido interesse, o candidato à presidência do governo propôs a implementação de uma moeda digital para a Argentina. Massa não deu mais detalhes sobre essa iniciativa, mas tudo indica que seria uma versão promovida pelo Banco Central, ou seja, um CBDC.
Dentro do atual governo há divergências sobre criptomoedas. Os chamados “Kirchneristas duros”, tem uma visão mais crítica sobre o setor cripto.
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Plataforma cripto registra de 180% de novos usuários no 1º turno
O CEO e cofundador da plataforma cripto argentina Ripio, Sebastian Serrano, CEO falou sobre o cenário.
“Tivemos um primeiro turno das eleições na Argentina muito disputado e a tendência é que o cenário se mantenha o mesmo para o segundo turno. A crise macroeconômica pela qual o país passa é um fator que agrava o contexto acirrado da disputa, pois a alta variação cambial influencia diretamente na vida dos eleitores.”
O executivo explicou que a empresa está monitorando as consequências da hiperinflação e desvalorização do peso argentino. E observou crescimento nos investimentos em criptoativos, principalmente por quem busca proteção de seus patrimônios.
“Um ponto que também notamos é como as stablecoins já fazem parte da vida de muitas pessoas na região. Na Ripio, durante o fim de semana das eleições gerais, a Ripio Wallet na Argentina registrou um aumento de 180% em novos usuários, juntamente com um aumento de 50% na atividade da plataforma.”
A relevância do Criptodólar (UXD), nossa stablecoin indexada ao dólar 1:1 é inegável, já que podemos observar que ela se tornou a stablecoin mais transacionada e holdeada (mantida no aplicativo Ripio), com quase 50% de participação de mercado entre as stablecoins da Ripio Wallet. O volume de compras de UXD aumentou em 112% e o número de usuários que compraram UXD cresceu em quase 80%.
Na semana anterior às eleições, as stablecoins representaram 88% do volume total transacionado e, na semana seguinte, o volume representou 76%.
“Apesar de termos dois candidatos com propostas muito diferentes para o próximo governo, tenho certeza de que o mercado cripto na Argentina continuará crescendo. Nós da Ripio seguiremos contribuindo com o desenvolvimento desse ecossistema, independente de quem sair vitorioso desta eleição. A Ripio manterá seus investimentos constantes na América Latina, sempre pensando em soluções que possibilitem um aumento da adoção cripto para pessoas e empresas da região e do mundo.”
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