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Dia Internacional da Mulher: as lideranças femininas que movimentam a Web3 no Brasil

12 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

A presença de mulheres é muito importante para o desenvolvimento tecnológico e, é claro, não há motivos para isso ser diferente na Web3. O espaço sempre se apresentou como democrático e inclusivo e isso se reflete na diversidade de personalidades que habitam a indústria.

Por isso, nesse dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o BeInCrypto quer celebrar o esforço de mulheres que lutam todos os dias para tornar o espaço digital ainda mais acessível para todas as investidoras, desenvolvedoras, programadoras, enfim, todas as mulheres para que elas possam fazer a diferença no setor.

Leia mais: Como ganhar dinheiro com criptomoedas

E, se você quer começar a atuar nesse campo, confira estas lições de vida para que elas possam servir de inspiração durante sua própria jornada!

Colaboraram Bruna Brambatti e Giovana Trindade

Confira o depoimento de mulheres líderes no mercado cripto e Web3!

Ana de Matos

Dia Internacional da Mulher: as lideranças femininas que movimentam a Web3 no Brasil

Qual seu maior desafio ao navegar por este meio predominantemente dominado por homens?

Meu maior desafio foi quando comecei a estudar sobre a blockchain e as criptomoedas em 2016. Percebi que as informações disponíveis eram extremamente complexas, cheias de termos técnicos e conceitos difíceis para qualquer iniciante.

Não culpo os criadores de conteúdo de 8 anos atrás pelos materiais difíceis que eles produziam. Às vezes um tema tão importante precisa de uma boa dose de complexidade para que seja compreendido.

O problema é que eu era apenas uma aprendiz e isso tornou a minha curva de aprendizado muito mais difícil do que deveria.

Naquela época eu não encontrei mulheres falando sobre cripto, o que me desanimou porque eu sabia o quanto é importante para as pessoas criarem identificação com os criadores de conteúdo.

Pensei que a falta de mais vozes femininas falando sobre o assunto poderia fazer algumas mulheres se sentirem excluídas daquele movimento que eu estava vendo nascer.

Eu mesma não me identificava, mas ainda assim queria aprender tudo sobre a tecnologia, então me senti incentivada a continuar. Tenho certeza de que se eu tivesse acesso a mais conteúdos fáceis de entender, a minha curva de aprendizado teria sido menos árdua e mais rápida.

Assim que eu consegui aprender, comecei a falar para alguns amigos próximos para medir se eles também entenderiam através do que eu estava falando. Fui ajustando o discurso até perceber que estava mais fácil de compreender. Foi aí que eu comecei a passar o conhecimento à frente.

Inicialmente, eu criava conteúdo para uma empresa de criptomoedas e só depois migrei para ser criadora de conteúdo com a minha marca pessoal. Tem dado certo!

A minha maior contribuição hoje é criar um conteúdo fácil de entender. Mesmo que eu tenha guardado os ensinamentos mais técnicos que adquiri no passado, agora o meu foco está em tornar o mercado cripto mais inclusivo e acolhedor.

Qual sua maior conquista dentro do universo cripto?

Minha maior conquista é ter a liberdade de viver de cripto enquanto ensino as pessoas sobre como elas podem se beneficiar da criptoeconomia.

Graças ao mercado cripto, descobri o que eu mais gosto de fazer: simplificar o conhecimento para incluir as pessoas e incentivá-las a participar, investir mesmo que em pequenas quantias, estudar, questionar e manter a curiosidade sobre o universo cripto.

Mas não apenas isso. Quando percebi que mais mulheres estavam consumindo e interagindo com o meu conteúdo, fiquei feliz por estar trilhando esse caminho de empoderamento, pois conhecimento é poder.

Agora sinto que estou contribuindo, junto a tantas mulheres que fazem trabalhos excelentes no mercado financeiro. Estamos construindo um setor mais acessível e descentralizado.

Então posso dizer que a minha conquista não é apenas pessoal, mas uma inspiração para que mais mulheres sejam apresentadas à essa tecnologia e que também possam trilhar esse caminho de autonomia e conhecimento.

Qual conselho você daria a outras mulheres que estão começando ou querem aprender sobre criptomoedas?

As criptomoedas são sinônimo de poder aquisitivo e guardam oportunidades para quem se informa, estuda e se interessa. Dito isso, o meu maior conselho é para que mergulhe fundo na tecnologia.

Entenda para que servem e como você pode se beneficiar disso. Para começar a investir, entenda o básico sobre ‘demanda e oferta’. Para expor a sua carteira a esses ativos com alto potencial de valorização, conheça ao menos uma estratégia básica.

O mercado cripto é um dos que melhor performou na última década. Então pense: nós produzimos renda, somos profissionais multifacetadas, cumprimos papéis importantes em diversas áreas e estamos comprometidas com o crescimento e a inovação em diversas esferas sociais. Por que ficaríamos de fora do setor cripto?

É fundamental saber o que fazer com o dinheiro que já produzimos.

As mulheres precisam buscar mais formas de adquirir poder aquisitivo e fazer outras fontes de renda além do trabalho principal. Por que não através de um mercado que tem apresentado resultados excelentes durante os últimos 10 anos?

Ana Paula Rabello

Qual seu maior desafio ao navegar por este meio predominantemente dominado por homens?

Em um mundo profissional dominado por homens, rapidamente percebi que, para ser respeitada, não bastava ser boa, era necessário ser excepcional. A jornada para o sucesso, especialmente para uma mulher, é repleta de desafios dobrados, e, na verdade, muitas vezes, triplicados.

Além das exigências profissionais, nós, mulheres “polvo” administramos a casa, cuidamos dos filhos, e dos parceiros inclusive, o que multiplica nossos esforços e responsabilidades. Ser mulher e atender a todas essas demandas é extremamente difícil; é um exercício diário de cumprimento de metas que vai muito além do ambiente de trabalho.

Ao me aventurar nas redes sociais como parte da minha presença no universo cripto, enfrentei a expectativa de ser não apenas inteligente, mas também de atender a padrões elevados de aparência. A pressão para se encaixar em uma imagem idealizada era constante, revelando a dura realidade de que, para uma mulher, as exigências vão além da competência profissional.

“Solte o cabelo e passe um batom” era o tipo de conselho que recebia, como se a aparência fosse tão ou mais importante do que o conhecimento e a habilidade.

Qual sua maior conquista dentro do universo cripto?

Minha maior conquista veio através do Bitcoin, que não apenas mudou minha perspectiva sobre finanças, mas também sobre o mundo. Atingir a liberdade financeira, especialmente depois dos 45 anos e após mais de três décadas de carreira, foi um marco.

Esse sucesso veio em um momento de recomeço, enquanto sozinha cuidava de uma filha especial e de um filho adolescente, foi na falência de um casamento tóxico, onde eu perdi tudo, que eu me achei. Foi uma época de sacrifício, onde dormia de 2 a 4 horas por noite, estudando nas madrugadas enquanto de dia cumpria com as responsabilidades de prover para meus filhos.

No início da empresa, eu virava noites fazendo imposto de renda. Na primeira aparição na internet fui chamada de loira doida, loira burra e por aí afora, aonde eu cheguei? Eu sou hoje carinhosamente reconhecida por onde transito como a “loira do imposto”.

Foi a transição para o trabalho remoto que me permitiu cuidar de minha filha. Rafaella foi diagnosticada com autismo antes dos 2 anos de idade. Esse universo me deu a flexibilidade necessária para estar ao seu lado sem renunciar à minha carreira.

Essa mudança não apenas facilitou o cuidado com minha filha, mas também me permitiu mergulhar de cabeça no universo cripto, transformando minha paixão em uma fonte de renda.

“Quem ama o que faz não trabalha, se diverte” é um mantra pelo qual vivo. Encontrar alegria e satisfação no meu trabalho me permite encarar cada dia não como um fardo, mas como uma oportunidade de diversão e realização.

A internet é frequentemente criticada por sua toxicidade, mas acredito que ela simplesmente reflete a realidade do nosso mundo. Para mim, a internet é um espaço de oportunidades infinitas.

É uma ferramenta que, se usada com sabedoria, pode abrir portas para aprendizado, crescimento e conexões valiosas. Encaro a internet como um novo mundo cheio de possibilidades a serem exploradas, um lugar onde a toxicidade só prevalece se permitirmos que ela influencie nossa percepção. Para mim o futuro acontece na Web3, e a moeda é o Bitcoin. O que mais tem nesse mundo? Só a inteligência artificial.

Qual conselho você daria a outras mulheres que estão começando ou querem aprender sobre criptomoedas?

Para mulheres que estão começando ou desejam aprender mais sobre cripto, meu conselho é acreditar e apreciar o processo. O sucesso não é apenas sobre o destino; é sobre a jornada e como você cresce ao longo do caminho. Acredite em suas capacidades, dedique-se com paixão, encare cada desafio como uma oportunidade. Eu chamo esse processo de “salto de fé”.

Carolina Fernandes

Qual seu maior desafio ao navegar por este meio predominantemente dominado por homens?

Navegar por um ambiente predominantemente dominado por homens sempre apresenta seus desafios, especialmente no universo cripto, que reflete muitas das disparidades de gênero vistas em campos da tecnologia e finanças. Meu maior desafio foi conquistar reconhecimento e respeito em um espaço onde as vozes femininas são frequentemente subestimadas.

Tive que me armar de coragem, conhecimento e persistência para provar que não só pertenço a este espaço como também posso trazer contribuições significativas.

Qual sua maior conquista dentro do universo cripto?

Minha maior conquista dentro do universo cripto foi ver o impacto do meu trabalho na democratização do acesso ao conhecimento sobre criptomoedas e tecnologia Web3, especialmente entre mulheres. Saber que estou ajudando a descomplicar esse universo para outras pessoas, permitindo-lhes não apenas entender, mas também se beneficiar das oportunidades que ele oferece, é extremamente gratificante.

Além disso, ver o crescimento da comunidade que criei, onde mulheres e homens compartilham conhecimentos e apoiam uns aos outros, é algo que me enche de orgulho.

Qual conselho você daria a outras mulheres que estão começando ou querem aprender sobre criptomoedas?

Para mulheres que estão começando ou desejam aprender mais sobre cripto, meu conselho é: conhecimento é poder, aprender sobre o futuro do dinheiro (que são as criptomoedas) e o futuro da internet (a Web3) e aproveitando as oportunidades que esses assuntos podem te oferecer, você pode mudar para muito melhor a sua vida e da sua geração.

Invista tempo em aprender não só sobre as tecnologias e investimentos, mas também sobre gerenciamento de riscos e ciclos de mercado. Além disso, procure comunidades e redes de apoio onde você possa compartilhar dúvidas e sucessos.

Lembre-se: a criptoesfera é vasta e em constante evolução; estar sempre aprendendo é fundamental.

Qual história lhe inspirou em sua jornada no mercado?

Uma história inspiradora da minha trajetória é o momento em que decidi mergulhar de cabeça no mundo cripto. Inicialmente, eu via este universo como extremamente complexo e intimidador. Porém, conforme fui desvendando os conceitos e potenciais da blockchain e criptomoedas, percebi o quanto poderia contribuir para uma transformação financeira e tecnológica significativa. Desde que me juntei a este mercado, observei um aumento de mulheres e uma mudança gradual na percepção sobre criptomoedas, de uma visão de nicho e especulativa para uma compreensão de seu potencial disruptivo e inclusivo. Essa evolução me inspira a continuar trabalhando para um futuro em que a tecnologia Web3 e as criptomoedas sejam acessíveis e benéficas para todos.

Flávia Jabur

Qual seu maior desafio ao navegar por este meio predominantemente dominado por homens?

Desde sempre estive presente em mercados predominantemente masculinos. No início da minha carreira fui apresentadora de um programa de futebol na Band, depois passei por outras emissoras até que conheci o mercado cripto.

O desafio sempre foi impor respeito, independente do mercado. Sempre busquei estudar muito e mostrar que as pessoas tinham que me respeitar pelo meu conhecimento. É claro que, às vezes, aparece um ou outro que não respeita, mas é uma parcela muito pequena, ou seja, isso demonstra que estamos evoluindo muito bem.

Qual sua maior conquista dentro do universo cripto?

Sou muito grata a esse mercado e a tudo que vem me proporcionando. Desde que comecei a falar e estudar sobre cripto em 2019 tive a oportunidade de construir um nome de respeito no mercado através do meu principal objetivo que sempre foi educar.

Com isso, também veio a parte financeira, que mudou completamente a minha vida e me proporcionou liberdade financeira e geográfica.

Qual conselho você daria a outras mulheres que estão começando ou querem aprender sobre criptomoedas?

Estude e não tenha medo. Você só vai conquistar o que quer se você se dedicar. Digo isso por experiência própria. A minha vida mudou completamente a partir do momento que estudei muito, trabalhei muito também e deixei o medo de lado.

Qual história lhe inspirou em sua jornada no mercado?

Já ouvi que não seria nada na minha vida, que eu não iria conquistar o que eu queria, mas tudo isso só me fez ter mais força para conquistar tudo o que eu sonhei. Foi justamente essa garra, essa força de vontade que me fez sair de um salário de R$ 4.000 em 2018 para passar da casa do milhão alguns anos depois. Tudo graças a trabalho e investimentos, com estudo e cautela, até porque não existe dinheiro fácil.

Larissa Santos Moreira

Qual seu maior desafio ao navegar por este meio predominantemente dominado por homens?

De forma geral, vivemos em uma cultura que incentiva, desde a infância, os homens a assumirem papéis de liderança e, por outro lado, geram expectativas para as mulheres assumirem outras responsabilidades como gestão da família e maternidade.

Gosto muito do livro “Faça Acontecer” da Sheryl Sandberg, ex-COO da Meta, que fala que nós mulheres duvidamos de nós mesmas antes que os outros o façam e que as mulheres são consideradas sortudas quando têm sucesso, mas quando são homens, esse sucesso pode ser advindo do seu talento inato.

Considerando o cenário do mercado de trabalho atual, nosso maior desafio é a nossa autocobrança e a famosa síndrome de impostora. No mercado cripto se torna ainda mais importante reforçar o óbvio (não importa quantas vezes for necessário): representatividade é fundamental para mudar este contexto.

Para isso, é extremamente necessário a criação de ambientes seguros e redes de discussão e apoio entre mulheres tem efeitos poderosos que nos ajudam a gerenciar nossos receios e medos.

Qual conselho você daria a outras mulheres que estão começando ou querem aprender sobre criptomoedas?

Estudar é essencial para estar preparada. Sempre falo que o sucesso é uma combinação de dois fatores: estar preparada e ter a oportunidade que pode ser lida como sorte. Então garantir o primeiro ponto é extremamente importante. Acredito que o mercado cripto esteja cheio de oportunidades, mas ainda temos poucas pessoas com as skills e conhecimentos necessários.

Além disso, a indústria está em formação e o fato de estarmos no começo só reforça que este é o momento para aprender, se especializar e evoluir em conjunto com o mercado.

Qual história lhe inspirou em sua jornada no mercado?

Tenho visto nos últimos anos mais mulheres no mercado tech como um todo, que é um ambiente conhecido pela dominância pelos homens, e este cenário é extremamente importante para criação de produtos e experiências que reflitam a diversidade para os usuários finais.

Isso demonstra um sinal de maior amadurecimento do setor, alimentando um círculo virtuoso que atrai a entrada de novas profissionais.

Participar de fóruns, eventos e comunidades deste mercado, liderando de forma participativa e ativa, ajuda a inspirar e estimular mais pessoas a entrarem neste novo mundo de possibilidades que a blockchain destrava.

De forma geral, permaneço otimista em relação ao nosso protagonismo no médio e longo prazo, e acredito que teremos cada vez mais ambientes liderados por diversas mulheres capacitadas, que impactam e entregam resultados expressivos, gerando valor ao mercado e à sociedade.

Michela Galvão

Qual seu maior desafio ao navegar por este meio predominantemente dominado por homens?

Que nós vivemos em um país extremamente machista, não é novidade. Porém, quando analisamos o mercado de tecnologia, os desafios são inúmeros e eles vão desde preconceitos de gênero, a falta de representatividade, desigualdade salarial e por aí.

No meu caso em específico, por ser uma mulher negra e moradora de periferia, sempre tive meu conhecimento posto à prova. Em vários momentos fui silenciada e desacreditada, mas segui firme no meu propósito e hoje estou aqui, vivendo do que falo e falando do que vivo.

Qual sua maior conquista dentro do universo cripto?

Acredito que o sonho da maioria das pessoas é ter liberdade, que seja de tempo, financeira e geográfica. Hoje posso dizer que já garanti a geográfica e de tempo e estou caminhando para a financeira, como não nasci herdeira, é um processo longo, mas estamos quase lá.

Qual conselho você daria a outras mulheres que estão começando ou querem aprender sobre criptomoedas?

Quando me fazem essa pergunta a primeira resposta é: Estudem. Porque a informação é a arma mais poderosa que nos permite fazermos melhores escolhas e assim não sermos enganadas ou induzidas ao erro.

A segunda é: se conectar com outras mulheres, a jornada pode ser muito solitária e isso pode te fazer desistir no meio do caminho, mas se nos juntarmos a outras mulheres que estão buscando crescer e se desenvolver, a caminhada fica mais leve.

Qual história lhe inspirou em sua jornada no mercado?

Minha trajetória iniciou bem cedo no mercado de tecnologia, então chegar no mercado cripto foi um caminho natural. E dentro desse mercado, eu decidi me especializar em Finanças Descentralizadas (DeFi) por visualizar o impacto social que essa modalidade poderia oferecer.

Então, comecei a produzir conteúdo educativo nas minhas redes até que um dia, recebi o convite para participar da EXPO DUBAI 2020, que aconteceu em 2022 por causa da Pandemia, e isso pra mim foi uma conquista e tanto. E a outra mais recente, foi ser a Melhor Educadora Web3 de 2023.

Essas foram, sem dúvidas, importantes para me mostrar que estou no caminho certo e vivendo do meu propósito que é compartilhar conhecimento e educação de qualidade para as pessoas.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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