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Desenvolvedores apreensivos com próxima atualização do Ethereum. Fork Shanghai pode ser adiado?

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Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Alguns desenvolvedores do Ethereum (ETH) acreditam que a implementação do hard fork Shanghai tenha que ser adiada.
  • Introduzir o fork às pressas pode afetar a “saúde de longo prazo do Ethereum”.
  • O principal ponto de discussão envolve a forma como será feito os saques de ETH em staking.
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Alguns desenvolvedores do Ethereum (ETH) acreditam que a implementação do hard fork Shanghai tenha que ser adiada.

Após ser implementada com sucesso na testnet, os arquitetos da segunda maior blockchain do mundo afirmaram no final de 2022 que a atualização iria ocorrer em março deste ano. No entanto, nem todos parecem felizes com esta escolha.

Em reunião realizada na quinta-feira (19), o desenvolvedor principal Micah Zoltu ressaltou que o prazo estipulado foi feito para satisfazer a comunidade sem pensar em como isso pode afetar a “saúde de longo prazo do Ethereum”.

A maior mudança que o fork Shanghai irá introduzir no Ethereum é permitir o saque de ETH em staking. Esta atividade começou a ser introduzida em 2020, com a Beacon Chain – versão preliminar da rede que contava com o método de prova de participação (PoS) e que se fundiu com a rede principal do Ethereum em setembro de 2022 no The Merge.

Dessa forma, a próxima atualização é aguardada com grande expectativa por aqueles usuários que desejam sacar seus fundos depositados e deixar de atuar como validadores da rede. Atualmente, há mais de US$ 25 bilhões em ETH em staking.

Possíveis problemas

O principal ponto de discussão envolve a forma como será feito os saques de ETH. Para o fork Shanghai poder ocorrer em março, as retiradas teriam que não ser compatíveis com o SSZ, método de codificação visco como o futuro do Ethereum.

Dessa forma, seria necessário uma correção assim que o futuro método for implementado, provavelmente na próxima atualização, chamada de Cancun. Ao Decrypt, o desenvolvedor Matt Nelson alerta que além dessa mudança gerar uma demanda considerável de trabalho, “pode haver incógnitas desconhecidas sobre o que essa incompatibilidade significa – com retiradas, problemas de design, vulnerabilidades”.

Com isso em mente, Zoltu, Nelson e outros desenvolvedores recomendaram adiar o fork Shanghai para que os saques sejam liberados com o método SSZ já em vigor. Para isso, seria necessário um tempo extra de duas a quatro semanas. No entanto, a maioria não concordou com a proposta e tudo indica que Shanghai será implementado em março.

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Pressão da comunidade Ethereum

Tomasz Stańczak, outro desenvolvedor principal, justificou sua posição contra o adiamento, observando que ainda não há um consenso sobre a mudança para o SSZ.

Já Zoltu afirma que essa mudança irá sim ocorrer, e que introduzir as retiradas de ETH sem este método não é vantajoso. “Introduzir um código que sabemos que será substituído em um futuro próximo significa que estamos adicionando uma dívida técnica que pode ser evitada”, disse ele ao Decrypt.

Em paralelo, Nelson afirma que a proposta de adiamento enfrentou resistência devido a pressão da comunidade. Alguns usuários estão com seus ETH bloqueados há anos, e querem ter seus ativos de volta. Além disso, os desenvolvedores já tiveram que lidar com críticas por adiar atualizações no passado, sobretudo em relação ao The Merge.

Dessa forma, ele diz entender a decisão de seus colegas, apesar de acreditar que este não foi o melhor caminho a ser escolhido.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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