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Hack na Cetus expõe centralização da Sui Network

3 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Cetus Protocol foi hackeado por US$ 260 milhões, gerando críticas à descentralização da Sui Network após contratos serem pausados.
  • Figuras-chave alegam centralização, citando conluio de validadores e alto controle de tokens pelos fundadores da Sui como principais sinais de alerta.
  • O incidente reacende um debate mais amplo sobre cripto: intervenções de segurança podem coexistir com a verdadeira descentralização?
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Ontem (22), um ataque cibernético à Cetus Protocol, uma plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) da rede Sui, surpreendeu a comunidade blockchain e causou uma perda estimada de US$ 260 milhões.

O incidente provocou prejuízos expressivos e reacendeu o debate sobre a descentralização, um dos pilares fundamentais da tecnologia blockchain.

Descentralização da Sui é questionada

Logo após o ataque, a Cetus interrompeu seus contratos inteligentes para conter novas perdas. Em comunicado, a plataforma informou ter proposto um acordo de whitehat ao invasor para tentar recuperar os valores desviados.

Embora a medida tenha sido considerada necessária, especialistas apontaram que a suspensão contradiz o princípio de descentralização. Jesus Martinez, fundador da Legion, foi categórico: “A descentralização é uma mentira. Eles estão bloqueando transações para o ‘hack’ de US$ 200 milhões que aconteceu na SUI. A máscara caiu”, disse.

A comunidade repercutiu amplamente o posicionamento. Duo Nine, fundador da YCC, destacou que, mesmo que a Cetus e a Sui tenham tomado a decisão correta, muitos projetos tratam a descentralização apenas como um conceito publicitário, com exceção do Bitcoin e do Ethereum. “Embora isso seja bom neste caso, isso mostra que a rede SUI pode congelar seus fundos sob demanda. A descentralização é apenas marketing fora do BTC/ETH”, afirmou.

As suspeitas de centralização na Sui não são recentes. Em maio de 2024, Justin Bons, fundador e CIO da CyberCapital, já havia acusado a rede de concentração excessiva. Segundo ele, os fundadores detinham 84% dos tokens em staking, o que possibilitaria manipulações no sistema.

Mesmo após a Sui ter negado controle sobre o tesouro e os ativos alocados a investidores, as preocupações persistiram e se intensificaram com o recente ataque à Cetus. “Os validadores da SUI estão conspirando para CENSURAR as TXs do hacker agora! Isso torna a SUI centralizada? A resposta curta é SIM; o que importa mais é por quê? Os ‘fundadores’ possuem a maioria da oferta e há apenas 114 validadores,” disse Bons.

As reações refletem a sensibilidade da comunidade a qualquer indício de controle centralizado.

Equilíbrio entre controle e liberdade continua em debate

O caso da Cetus se junta a outros episódios que expuseram dilemas similares. O ataque ao DAO em 2016 resultou em um hard fork e na criação da Ethereum Classic. A Solana dependeu de acordo entre validadores para solucionar um erro de emissão. A rede Bitcoin precisou agir discretamente para resolver um bug de inflação envolvendo pools de mineração.

Além disso, a Tether congelou bilhões de dólares para auxiliar autoridades, e críticos atacaram a THORChain por permitir a lavagem de fundos desviados da Bybit e da Coinbase.

“Cripto é uma mentira. Nos prometeram descentralização pura, código imparável e sistemas sem confiança. Acontece que… a maioria das grandes redes pisou no freio quando as coisas deram errado,” declarou a investidora Cassie.sui.

Projetos que não intervêm enfrentam cobranças por omissão; os que agem lidam com acusações de centralização. “O mundo cripto está dividido. ‘Se eles podem congelar fundos, é realmente descentralizado?’ vs. ‘Eles salvaram US$ 162 milhões de serem roubados permanentemente.’ Ambos os lados têm pontos válidos. Mas aqui está o que importa: Isso muda tudo sobre as suposições de segurança do L1”, disse Gautham, cofundador da Polynomial.

A descentralização, antes tratada como ideal inquestionável, está sendo confrontada pelos desafios reais de segurança. Resta saber se redes como a Sui conseguirão equilibrar proteção e liberdade, ou se o conceito de descentralização como conhecemos está em transformação.posta. No entanto, uma coisa é clara: este evento abalou profundamente a confiança na descentralização.

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Lucas Espindola
Lucas estudou na FMU e acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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